Projeto Público de Irrigação Jaíba
Localização: | Município de Jaíba, Matias Cardoso e Verdelândia (MG), Médio São Francisco |
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Polo de Desenvolvimento: | Norte de Minas Gerais |
Área irrigável total: | 18.586 hectares |
Área irrigável ocupada: | 18.586 ha (9.125 ha – lotes familiares; 9.455 ha – lotes empresariais: 5 ha - outras) |
Fonte hídrica: | Rio São Francisco |
Vazão outorgada vigente: | 379.113.963 m3.ano-1 |
Investimento até 2022: | R$ 1.685.108.669,01 |
Dados da infraestrutura: | 548 quilômetros de canais, 385 quilômetros de adutoras, 533 quilômetros de estradas, 3 quilômetros de drenos e 11 estações de bombeamento |
Início de funcionamento: | 1975 |
Início da cogestão: | 1988 |
O Projeto Público de Irrigação Jaíba surgiu na década de 1950 com o início das primeiras ocupações e colonização realizadas pelo antigo Instituto Nacional de Irrigação e Colonização (INIC). Mas, somente na década de 1960 foram estudadas com mais profundidade as potencialidades agrícolas da região, segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (2012).
Os primeiros estudos, realizados pelo Bureau of Reclamation em 1965, identificaram uma área de aproximadamente 230 mil hectares com possibilidade para o aproveitamento agropecuário na região da Mata do Jaíba. No entanto, o projeto final apresentou uma área de 100 mil hectares, dividido em quatro etapas. O projeto entrou em operação em 1980, com o assentamento das primeiras famílias (Codevasf, 1999; Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, 2012).
Atualmente estão em operação a Etapa I e a Etapa II, sendo que a Etapa II pertence ao Estado de Minas Gerais.
Produção agrícola
Gráfico 1 - Principais espécies cultivadas no projeto Jaíba, de acordo com o VBP, no ano de 2022 | ||
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Fonte: Elaborado com dados da Codevasf, 2023. |
Gráfico 2 - Evolução do VBP do projeto Jaíba entre os anos 2016 e 2022 | ||
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Fonte: Elaborado com dados da Codevasf, 2023. |
Características da Produção
Em 2022, as três principais culturas ocuparam 50% da área cultivada e somaram 69% do VBP do projeto (Gráfico 1). Embora mais da metade da área cultivada seja destinada à produção de frutas, o projeto apresenta uma grande diversificação de culturas, apresentando em torno de 50 espécies sob cultivo, entre grãos, hortaliças, sementes, espécies florestais e frutíferas. No projeto destacam-se a produção de banana, limão e manga, além de uma produção expressiva de batata doce e mandioca, entre outras culturas em menor escala de produção.
Ao analisar a evolução do VBP, observou-se que houve sucessivas quedas no seu valor total. Parte dessa redução no VBP foi reflexo dos baixos volumes de chuva dos últimos anos, impactando no preço e no rendimento médio das principais culturas. Ainda que não tenha havido nenhuma variação expressiva em uma cultura específica, a soma das pequenas variações nas culturas em geral resultou em quedas nos valores finais do VBP nos anos 2017 a 2021. Em 2022, houve um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Esse aumento se justifica principalmente pela melhora nos preços da banana e do limão os quais, juntos, foram responsáveis por 55% do VBP total do projeto. Os lotes familiares contribuíram com 54% do valor arrecadado pelo projeto, sendo que, do total, 24% são de culturas temporárias e 76% de culturas permanentes (Gráfico 2).
Os principais sistemas de irrigação utilizados são a microaspersão e a aspersão.
Potencialidades
Estima-se a geração de 12.917 empregos diretos, 19.376 empregos indiretos e 4.392 empregos induzidos. Ao todo, em 2022, foram 12.917 hectares de área cultivada, 240.167 toneladas de produtos agrícolas e R$ 358.256.795,73 de VBP.