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Operação para salvamento do Pirá é destaque em reportagem de afiliada da Rede Globo em MG

O Pirá (Conorhynchos conirostris) é conhecido como o peixe-símbolo do São Francisco. Entretanto, a espécie é considerada extinta em algumas regiões do rio, como no Baixo e no Submédio. Diante dessa realidade, a Codevasf, por meio da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas, deu início a uma campanha de salvamento do Pirá.
publicado: 28/12/2015 14h30, última modificação: 01/11/2022 14h27

O Pirá (Conorhynchos conirostris) é conhecido como o peixe-símbolo do São Francisco. Entretanto, a espécie é considerada extinta em algumas regiões do rio, como no Baixo e no Submédio. Diante dessa realidade, a Codevasf, por meio da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas, deu início a uma campanha de salvamento do Pirá. Pela primeira vez, foram transportados, na última semana, reprodutores da espécie com destino aos estados de Alagoas e Sergipe. A ação, fruto de parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), foi destaque em reportagem veiculada pelo programa Inter TV Rural, da Inter TV Grande Minas, afiliada da Rede Globo em Minas Gerais.

Confira: http://g1.globo.com/mg/grande-minas/intertv-rural/videos/t/edicoes/v/para-evitar-extincao-do-pira-matrizes-sao-levadas-para-outro-estado/4701470/

Para saber mais detalhes sobre a campanha de salvamento do Pirá, acesse: http://www.codevasf.gov.br/noticias/2015/reprodutores-da-especie-pira-serao-levados-para-alagoas-e-sergipe

Pirás chegam ao Centro Pesqueiro de Itiúba para repovoamento do São Francisco

Atualização em 28 de dezembro, às 17h00

E os Pirás chegaram bem ao Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba (Ceraqua São Francisco), em Porto Real do Colégio (AL). Os 15 exemplares chegaram a Alagoas vindos de Minas Gerais na quinta-feira, 23 de dezembro, e já se encontram em viveiros de quarentena no Ceraqua São Francisco. Uma parte desses exemplares será posteriormente deslocada para o Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume, unidade da Codevasf no município de Neópolis (SE).

“Foi realizada uma campanha pelo Centro Integrado de Aquicultura de Três Marias com pescadores da região do rio Paracatu, afluente do São Francisco onde incide um maior número dessa espécie, para que pudéssemos capturar peixes adultos. Após um período de adaptação e quarentena em Três Marias (MG), esses peixes ficaram aptos para o transporte de Minas Gerais para Alagoas”, explica o engenheiro de pesca Álvaro Albuquerque, chefe do Ceraqua São Francisco.

O transporte foi realizado em caixas isotérmicas com água do ambiente da espécie, dotadas de suprimento de oxigênio de fluxo contínuo. O percurso durou aproximadamente 30 horas, com renovação de água e acompanhamento técnico. O objetivo é que esses peixes se tornem reprodutores no Centro de Itiúba e, posteriormente, no Centro de Betume. O engenheiro químico da Codevasf Marcos Vinícius Teles Gomes monitorou o transporte dos exemplares entre Minas e Alagoas.

Segundo Álvaro Albuquerque, a Codevasf é pioneira na reprodução de peixes de espécies nativas da bacia do São Francisco e desenvolveu ao longo de Pirásua história metodologias e procedimentos para produção em cativeiro das espécies, entre elas a do Pirá. Agora, com o trabalho de reprodução artificial, será possível multiplicar os exemplares e promover sua inserção no rio São Francisco.

“A nossa previsão é de que na segunda quinzena de janeiro verifiquemos a maturação sexual desses peixes, já que estamos no período da piracema. Serão feitos trabalhos de indução à desova para obtenção de novos peixes para incubação em laboratório, para reprodução e obtenção de alevinos. Se possível, queremos fazer a reprodução no início de 2016”, afirma o engenheiro de pesca.

A perspectiva é de que, em cerca de três anos, após novas desovas, a Codevasf tenha número suficiente de alevinos para iniciar o repovoamento das águas do Baixo São Francisco com a espécie.

Ouça as notícias da Rádio Codevasf:
https://soundcloud.com/codevasf