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Do Nordeste Rural: produtores de frutas conseguem economia de 40% com insumos químicos

A economia foi constatada entre os produtores de frutas do Vale do São Francisco que aderiram ao programa de Produção Integrada de Frutas, PIF. Gustavo Chianka, Diretor Executivo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, afirma que a produção integrada de frutas agrega qualidade, produtividade e sustentabilidade à fruticultura nacional.
publicado: 21/10/2004 06h15, última modificação: 01/11/2022 14h00

A economia foi constatada entre os produtores de frutas do Vale do São Francisco que aderiram ao programa de Produção Integrada de Frutas, PIF. Gustavo Chianka, Diretor Executivo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, afirma que a produção integrada de frutas agrega qualidade, produtividade e sustentabilidade à fruticultura nacional.

No mercado internacional, tais características conferem aos produtos brasileiros maior credibildade comercial, diz. Na sua opinião, a adesão ao PIF deve se expandir rapidamente nos segmentos que apostam na produção de qualidade para se firmar no agronegócio brasileiro.

Os exemplos de sucesso são muitos. É o caso do agricultor Fábio Moreira, dono de uma area com 10 hectares de manga e 5 de uva. Ele viu os custos de sua propriedade com insumos químicos decrescerem cerca de 70% desde que começou a manejar seus pomares de acordo com o sistema de Produção Integrada de Frutas (PIF).

Reduções médias na faixa de 40% obtiveram outros 212 pequenos agricultores em projetos de irrigação em Petrolina (PE) que aderiram ao sistema a fim de adequarem suas safras às exigências por qualidade e segurança dos alimentos nos mercados externos e internos.

Outro fator muito importante é a redução dos riscos de contaminação química na região produtora, já que mais de 70% da manga e mais de 60% da uva do Vale do São Francisco são produzidas em pequenas propriedades.

No Brasil, a implantação da PIF começou pela cultura da maçã no Rio Grande do Sul. Hoje, já abrange 15 culturas em 12 estados brasileiros e com uma área cultivada de 35.508 hectares. Isto, representa apenas 1,5% da superfície cultivada do Brasil: 2.300.000 ha.

Contudo, já existem outros 35 mil ha em fase de implantação. A tendência é de que essa área cresça com muita rapidez, principalmente porque o PIF está deixando de ser um sistema exclusivo para a fruticultura e, em breve, passará a abranger as grandes culturas como soja, arroz, batata, tomate, revela o presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura, José Carlos Fachinello.