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Marisqueiras de Ilha Grande (PI) recebem apoio da Codevasf para incremento da produção

Das águas do Delta do Parnaíba elas retiram seu sustento por meio de um ofício tradicional, que passa, muitas vezes, através das gerações de uma mesma família. São as marisqueiras de Ilha Grande, município piauiense distante 348 quilômetros da capital Teresina. Reunidas na Associação dos Catadores de Mariscos de Ilha Grande, o grupo de 45 mulheres recebeu o apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para incrementar seu trabalho.
publicado: 11/11/2016 09h05, última modificação: 01/11/2022 14h36

Equipamentos como luvas de segurança, balanças eletrônicas, redes, tarrafas, freezer e barco melhoram condições de trabalho das mulheres

Das águas do Delta do Parnaíba elas retiram seu sustento por meio de um ofício tradicional, que passa, muitas vezes, através das gerações de uma mesma família. São as marisqueiras de Ilha Grande, município piauiense distante 348 quilômetros da capital Teresina. Reunidas na Associação dos Catadores de Mariscos de Ilha Grande, o grupo de 45 mulheres recebeu o apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para incrementar seu trabalho.

Entre os itens fornecidos estão aventais, luvas de segurança, caixas d’água, de isopor e plásticas, balanças eletrônicas, redes, tarrafas, mesas de evisceração, freezer horizontal, barco e motores, totalizando um investimento de aproximadamente R$ 100 mil em inclusão produtiva.

Para a presidente da Associação, Maria Luíza Santos, os equipamentos estão proporcionando melhorias nas condições de trabalho das marisqueiras. “Antes era ruim porque a gente não tinha a estrutura que tem hoje. O material que a gente recebeu da Codevasf já está ajudando muito, e temos um galpão quase pronto para o beneficiamento do marisco”, afirma.

Ainda de acordo com Maria Luíza, as profissionais recolhem os mariscos no Delta, em média, três vezes por semana. “Os meses de junho e julho são a melhor época, que é quando o marisco está mais ‘gordo’ e tem mais turista na ilha. A produção chega a 1.500 kg por semana nesse período”, afirma a representante das marisqueiras.

MariscosO quilo do marisco varia de R$ 4,00 a R$ 6,00, a depender da produção apurada. Além de fornecer o produto diretamente a algum comprador na região, as marisqueiras, a fim de incrementar a renda e agregar valor, preparam iguarias como farofa, vatapá, caldo e baião de quatro e vendem em casa, em eventos ou numa conhecida feira local que costuma ocorrer às terças-feiras no campus da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).“Agora mesmo, no Festival São João da Mariana, que acontece em Ilha Grande, eu fiz um baião de quatro e ganhei o primeiro lugar. Todo mundo queria comer”, conta, orgulhosa, a marisqueira.

Para o engenheiro de pesca e chefe do Escritório de Apoio Técnico de Parnaíba da Codevasf, Flávio Mizael, o apoio da empresa representa um impacto significativo para a atividade das marisqueiras de Ilha Grande. “Elas tinham uma forma de atuar bastante rudimentar. Essa ação foi no sentido de fazer com que elas obtenham um produto de melhor qualidade e dentro das normas sanitárias esperadas a partir do uso de materiais e equipamentos adequados”, explica.

O diretor de Revitalização de Bacias Hidrográficas na Codevasf, Inaldo Guerra, destaca a importância da atividade para aquela região. “A cata do marisco é um segmento da cadeia produtiva da pesca que representa importante fonte de renda para pescadoras na região do Delta do Parnaíba, entre os estados do Piauí e do Maranhão, e a Codevasf desempenha um papel indispensável no seu desenvolvimento e estruturação”, observa o diretor.

Apoio à produção de mariscos

A Associação das Marisqueiras e Filetadeiras de Luís Correia (PI) também recebe o apoio da Codevasf. O grupo, formado por cerca de 50 mulheres, foi beneficiado com a construção de uma unidade produtiva, que recebeu o nome “Unidade Produtiva Jackson César de Sousa Rosa”, em homenagem ao funcionário da Codevasf, falecido em 2012, que idealizou e iniciou o apoio às profissionais.

Além disso, a Companhia forneceu um veículo, equipamentos, materiais e insumos à Associação. São 50 mulheres entre 26 e 60 anos que vivem da pesca artesanal de marisco e de sururu praticada no litoral piauiense. Em 2015, elas produziram cerca de 600 quilos de mariscos, comercializados na feira livre de Luís Correia. Os produtos derivados dos mariscos e do sururu também são vendidos em eventos realizados na região, agregando valor e melhorando a renda das marisqueiras.

Ouça o depoimento da presidente da Associação dos Catadores de Mariscos de Ilha Grande: https://soundcloud.com/codevasf/presidente-da-associacao-dos-catadores-de-mariscos-fala-a-importancia-do-apoio-da-codevasf

Confira o depoimento do Chefe do Escritório de Apoio Técnico de Parnaíba: https://soundcloud.com/codevasf/chefe-do-escritorio-de-apoio-tecnico-de-parnaiba-fala-sobre-o-apoio-as-marisqueiras-de-ilha-grande

Imagens ilustrativas: https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157660897468334