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Investimento da Codevasf em apicultura garante renda a 1,6 mil famílias rurais do Piauí

Com o apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), cerca de 1,6 mil famílias do semiárido piauiense puderam este ano extrair do mel seu sustento e uma melhor qualidade de vida.
publicado: 22/12/2016 17h22, última modificação: 01/11/2022 14h36

Entre 2013 e 2016, R$ 3 milhões foram investidos pela Companhia para estruturar e capacitar comunidades que enfrentam a estiagem prolongada

Com o apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), cerca de 1,6 mil famílias do semiárido piauiense puderam este ano extrair do mel seu sustento e uma melhor qualidade de vida.

Foram R$ 3 milhões investidos em apicultura entre 2013 e 2016 pela Codevasf, por meio da 7ª Superintendência Regional em Teresina, para estruturar e capacitar comunidades rurais de 62 municípios do estado no âmbito das ações de inclusão produtiva. O objetivo é retirar as famílias da situação de pobreza e oferecer alternativas de trabalho e renda em regiões afetadas pela estiagem prolongada.

As comunidades apoiadas pela Codevasf no Piauí foram estruturadas com equipamentos e materiais apícolas como mesa desoperculadora, tanques decantadores, centrífuga elétrica para extração de mel, baldes em aço inox e equipamentos para entreposto de mel.

“Os equipamentos chegaram em boa hora, já que este ano as chuvas estão iniciando mais cedo e estamos prevendo uma boa produção de mel, com possibilidade de mais de uma colheita”, relata o apicultor Aílton José da Costa, que faz parte da Apomel (Associação de Apicultores da Boa Vista), no município de Massapê, a 444 km de Teresina.

Ele conta que, depois que a Apomel recebeu o apoio da Codevasf, as vendas aumentaram em torno de 70%. “Antes de 2008, nós éramos apenas melíficos, ou seja, tirávamos mel, mas não éramos apicultores. A partir do apoio da Codevasf, viramos apicultores e tivemos aumento de renda e de venda”, afirma o produtor, acrescentando que também recebeu da Codevasf capacitação e treinamento não só para a atividade apícola, mas também para a convivência com o meio ambiente no exercício da atividade.

De acordo com o gerente regional de revitalização de bacias da Codevasf no Piauí, Ocelo Rocha, o desafio agora é aumentar a quantidade de mel fracionado - ou seja, o mel que pode ser comercializado em bisnagas, sachês e garrafas. “Isso é muito positivo para quem vende, pois agrega valor ao produto”, observa.

mel casa apisA apicultura é uma das principais atividades econômicas praticadas no Piauí, o que coloca o estado entre os maiores produtores e exportadores de mel do Brasil, atrás somente do Rio Grande do Sul. A Codevasf vem apoiando a atividade no Piauí desde 2004, e garantindo renda alternativa a produtores familiares rurais que atravessam cinco anos ininterruptos de seca.

“A atividade apícola tem sido responsável por melhorar a renda de muitas famílias piauienses, em especial daquelas que vivem no semiárido”, ressalta o diretor de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Inaldo Guerra.

“No Piauí, a Codevasf é referência em apoio aos apicultores, e isso representa cerca de 5 mil famílias que, direta ou indiretamente, tiveram suas vidas mudadas para melhor graças ao trabalho desses técnicos e gestores. Cada vez que uma pessoa consome uma bisnaga de mel da Casa Apis, seja no Brasil, Alemanha ou Estados Unidos, tem um pouco do trabalho da Codevasf nesse produto”, nota o diretor.

Possibilidade real

Nos últimos quatro anos, a Codevasf investiu R$ 41 milhões para estruturar comunidades rurais de sete estados, afetadas pelas estiagens prolongadas, para terem no mel uma alternativa de trabalho e renda.

Os recursos aplicados na ação vieram da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI). Dos R$ 41 milhões, R$ 20,6 milhões foram aplicados na estruturação das comunidades: 4,8 mil kits familiares, compostos por colmeias, melgueiras, suporte, cera, equipamentos de proteção individual, carretilha manual, formão e fumigador são hoje usados na produção.

“A apicultura hoje apresenta uma possibilidade real de negócios, e o apoio da Codevasf propiciou aos agricultores familiares o aumento da produção e a abertura de novos mercados, pois o comércio do mel, que anteriormente era realizado em vasilhames improvisados, hoje é feito de forma adequada e de acordo com a legislação sanitária, o que permite agregação de valor ao produto”, explica a chefe da Unidade de Arranjos Produtivos da Codevasf, Rosangela Soares.

No Piauí, a Codevasf investiu, de 2012 a 2016, um total de R$ 7,4 milhões em apicultura. As ações incluem a aquisição de kits familiares apícolas, materiais e equipamentos, além da construção de três Unidades de Extração de Produtos da Abelha nos municípios de Cristino Castro, Itaueira e Floriano; a adequação e ampliação de sete Unidades de Beneficiamento de Mel nos municípios de Patos, Belém, Marcolândia, Santana do Piauí, Jaicós, Padre Marcos e Pio IX; e a construção de uma Unidade de Beneficiamento de Mel em Massapê do Piauí.

Fotos: Bruno Rocha/Codevasf (canto direito) e Divulgação/MDA (meio)

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