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Dia Mundial da Água: Piscicultura familiar no Maranhão cresce com apoio da Codevasf
Os
piscicultores familiares do Maranhão têm recebido investimentos da
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf) para fortalecer a atividade no estado. Desde
2014, foram investidos mais de R$ 700 mil para oferecer meios de
produção aliados ao potencial para geração de renda.
Essa
é uma das ações da Codevasf que vai de encontro ao tema da
Organização das Nações Unidas (ONU) para debater os problemas
relacionados aos recursos hídricos e conscientizar sobre o Dia
Mundial da Água (22 de março): “Água e empregos: investir em
água é investir em empregos”
“O montante foi usado na aquisição de 240 tanques-rede, 20 barcos de alumínio, 20 motores de popa, equipamentos de suporte à piscicultura e insumos”, enumera o chefe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf no Maranhão, William Sousa.
Dessa
quantia, foram aplicados aproximadamente R$ 215 mil na recuperação
dos viveiros da estação de piscicultura e dos sistemas de captação
e drenagem do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) do município de
São Raimundo das Mangabeiras, com o objetivo de propiciar as
condições necessárias à formação de mão de obra técnica
qualificada visando ao desenvolvimento da cadeia produtiva da
piscicultura na região sul do estado.
“A aquisição de equipamentos adequados dá ao beneficiário um suporte fundamental para a produção de pescado. Essa cadeia produtiva possui um enorme potencial de crescimento, e a Codevasf vem dando apoio para que os pescadores aumentem a produção e, consequentemente, melhorem a qualidade de vida de suas famílias”, afirma o superintendente regional da Codevasf no Maranhão, Celso Dias.
A
Associação de Pescadores do Povoado Riacho Fundo, localizada
na barragem de Boa Esperança, a 30 quilômetros da sede do município
de São João dos Patos (MA), foi
uma das primeiras a receber os equipamentos da Codevasf.
Foram entregues 60 tanques-rede, dois barcos motorizados, alevinos e
insumos para atender 16
famílias de piscicultores.
Os produtores também receberam serviço de assistência técnica
oferecido pelo Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural
(Senar).
Na associação, todos trabalham diretamente no manejo diário do pescado e demonstram grande expectativa de melhorar a qualidade de vida, como conta o presidente da Associação, Deusdete Vieira de Souza. “Antes trabalhávamos na roça. Com a venda dos peixes, nossa renda melhorou e agora podemos dar um sustento melhor para nossas famílias”, enfatiza.
Desde
o início das atividades, em meados de 2015, eles utilizam 10
tanques-rede para alevinagem e 50 para engorda. Assim, atingem um
ciclo de produção que resulta em 10 tanques/mês, o que lhes rende
cerca de 450 quilos de peixe por tanque. Do total apurado com a venda
(algo em torno de R$ 34 mil), 80% são reinvestidos na aquisição de
alevinos e de ração.
“O
empenho dos piscicultores de Riacho Fundo atrelado a uma nova fonte
de renda gerada com a produção do pescado traz condições para que
essas famílias aumentem seus ganhos e saiam da situação de
vulnerabilidade social”, assinala o secretário adjunto de
Agricultura e Coordenador do Projeto de Aquicultura de São João dos
Patos, Marcelo de Sá. Segundo ele, a iniciativa busca alavancar os
indicadores sociais do município.
A
exemplo do que ocorre em São João dos Patos, a Codevasf também
beneficia outras famílias maranhenses. Neste mês, por exemplo,
ocorreu o transporte de tanques-rede e de barcos motorizados para o
município de Pastos Bons. Além desse e de São João dos Patos, o
coordenador de Inclusão Produtiva do Plano Brasil sem Miséria no
Maranhão, Adenilson Kerlisson, cita outras praças com potencial
para a atividade piscícola, como Magalhães de Almeida, Joselândia,
Pindaré Mirim, Grajaú e Tuntum.
Veja fotografias ilustrativas no Flickr da Codevasf:
https://www.flickr.com/photos/codevasf/albums/72157666127572251