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Com apoio da Codevasf, comunidade rural do semiárido baiano contabiliza 18 mil toneladas de peixe produzidas

Quinze mil alevinos foram soltos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em tanques-rede da comunidade do Jenipapo e Batata, zona rural do município de Serra do Ramalho, Médio São Francisco baiano.
publicado: 09/12/2016 10h34, última modificação: 01/11/2022 14h36

Além da piscicultura em tanques-rede, grupo de 68 famílias cultiva horta comunitária e desenvolve suas próprias lavouras em pequena escala

Quinze mil alevinos foram soltos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em tanques-rede da comunidade do Jenipapo e Batata, zona rural do município de Serra do Ramalho, Médio São Francisco baiano.

A ação fez parte da agenda da visita feita pelo superintendente regional da Codevasf em Bom Jesus da Lapa, Harley Nascimento, junto com equipe técnica, com o objetivo de acompanhar de perto o trabalho da Associação de Moradores de Jenipapo e Batata, que recebe o apoio da Companhia em ações de inclusão produtiva.

Além do recebimento de alevinos para o desenvolvimento de projetos de piscicultura familiar e artesanal, a Associação de Moradores de Jenipapo e Batata - composta por 68 famílias de produtores -, foi estruturada pela Codevasf com vinte tanques-rede, grade aradora para trabalho agrícola, 12 mil metros de tubos e uma caixa d’água de 20 mil litros.

“Já trabalhávamos com piscicultura antes de contar com o apoio da Codevasf, no sistema de tanques escavados. Mas foi só quando recebemos os tanques-rede e passamos a ser abastecidos com alevinos que a atividade ganhou um grande impulso na comunidade”, relata Iedas dos Santos, integrante e ex-presidente da associação.

A associação cria peixes das espécies tambaqui e tambacu. Em dois anos, já foram produzidas 18 mil toneladas de peixe em toda a comunidade, somando-se a produção dos 38 tanques escavados e dos 20 tanques-rede. O peixe, explica Iedas, é vendido a compradores que vão à comunidade e, por seu turno, revendem o produto para o comércio.

Horta comunitária

Além da piscicultura, a comunidade tem um projeto de horta comunitária, onde as famílias cultivam para consumo próprio. “A grade aradora que recebemos tem grande importância, pois é com ela que a terra é preparada para a horta comunitária. Temos o objetivo de incluir a produção da horta, no futuro, em programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal”, observa Iedas.

Os tubos e as caixas d’água, conta ela, são usados para o abastecimento humano, trazendo água do rio para dentro de cada residência. Além das atividades que envolvem a associação, como a piscicultura e a horta comunitária, cada integrante tem suas próprias atividades individuais em pequenas escalas. Há quem produza banana, abóbora, mandioca, milho e feijão; criadores de gado bovino, ovino e suíno, além de galinhas.

“Foi com imensa satisfação que nós visitamos a comunidade do Jenipapo e Batata, que é uma comunidade muito carente. Creio que 80% das residências ainda são de taipa; mas, para minha surpresa, o associativismo e a dedicação das pessoas têm mudado a realidade. Encontramos uma associação bem organizada, composta basicamente por mulheres dos pequenos produtores e pescadores, que estão realmente muito afinadas com o objetivo de alcançar uma melhoria de vida”, avaliou o superintendente regional Harley Nascimento.

“Recebemos novas reivindicações, de forma muito organizada, para melhoria da comunidade, e faremos de tudo para viabilizar”, complementou o superintendente da Codevasf.

Veja fotografias:

https://www.flickr.com/photos/codevasf/albums/72157673636340514


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https://soundcloud.com/codevasf