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Codevasf vai dobrar volume de espécies nativas do São Francisco inseridas no “pantanal alagoano”

Um milhão de alevinos serão inseridos em 2017 na várzea da Marituba do Peixe, conhecida como “pantanal alagoano”, uma das mais importantes lagoas marginais da bacia do São Francisco e berçário natural de reprodução de espécies nativas. O anúncio foi feito pela 5ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), cuja sede fica em Penedo, no Baixo São Francisco de Alagoas.
publicado: 19/12/2016 11h56, última modificação: 01/11/2022 14h36

A partir de 2017, 1 milhão de alevinos serão soltos na várzea da Marituba do Peixe por meio de duas ações anuais de repovoamento

Um milhão de alevinos serão inseridos em 2017 na várzea da Marituba do Peixe, conhecida como “pantanal alagoano”, uma das mais importantes lagoas marginais da bacia do São Francisco e berçário natural de reprodução de espécies nativas. O anúncio foi feito pela 5ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), cuja sede fica em Penedo, no Baixo São Francisco de Alagoas.

“Vamos dobrar a quantidade de alevinos inserida – que vinha sendo de 500 mil ao ano -, promovendo duas ações de repovoamento anuais no lugar de apenas uma”, afirma o superintendente Regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo. “O aumento da quantidade de peixes é necessário para que possamos garantir a alimentação das famílias e a geração de renda. E isso somente é possível com a busca do equilíbrio ambiental, ampliando a variedade de espécies e a quantidade de cada uma delas”, destaca.

Nos últimos anos, o repovoamento do “pantanal alagoano” vem sendo realizado no final do segundo semestre, numa parceria entre a Codevasf e a Colônia de Pescadores da Marituba do Peixe, como forma de manutenção da quantidade e da variabilidade de espécies nativas, com o objetivo de proporcionar segurança alimentar às famílias da região que sobrevivem da pesca. Xira, piau, piaba, matrinxã e pacamã, todas nativas da bacia hidrográfica do São Francisco, são inseridas na várzea.

Marituba _ AL“O peixamento aqui na Marituba é importante pois não está mais havendo cheias no rio São Francisco. Por isso, agradecemos a Codevasf por esse trabalho tão bonito, não somente realizado aqui, mas em todo Baixo São Francisco”, elogia o pescador Manoel dos Santos, da Colônia de Pescadores da Marituba do Peixe.

Piscicultura familiar

Além do repovoamento do “pantanal alagoano”, a Codevasf fomenta a piscicultura familiar com o repasse de alevinos de espécies exóticas e de valor comercial, como o tambaqui e a tilápia, que são cultivadas em viveiros escavados pelas famílias.

O piscicultor familiar Adeilson Santos conta que pesca desde os 10 anos, e que, devido à redução do estoque pesqueiro na região e aos períodos de defeso, buscou na piscicultura uma atividade para complementar a renda e a alimentação da família.

O trabalho de recomposição da ictiofauna do Baixo São Francisco é também realizado pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, um centro tecnológico e científico da Codevasf que funciona em Porto Real do Colégio. Lá são produzidas as espécies nativas utilizadas no peixamento e no fomento às atividades aquícolas como estratégia de geração de trabalho e renda para a região.

Para 2018, uma das espécies previstas para ser inserida na várzea da Marituba do Peixe - localizada entre os municípios alagoanos de Penedo, Piaçabuçu e Feliz Deserto -, é o pirá, peixe símbolo do rio São Francisco e atualmente ameaçado de extinção. “Os técnicos do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba estão em vias de dominar a tecnologia para reprodução artificial do pirá”, revelou o superintendente da Codevasf.

Fotografia: https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157676638378650/with/31594735192/

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