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Codevasf fortalece piscicultura familiar no semiárido baiano com soltura de 167 mil alevinos

Lagoas, tanques-rede e viveiros escavados de cinco municípios do Médio São Francisco baiano estão recebendo nesta semana 167 mil alevinos, ação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em parceria com o Governo do Estado da Bahia, por meio da Bahia Pesca, cujo objetivo é fortalecer a pesca e a piscicultura na região, gerar renda e fonte de alimentação para as populações ribeirinhas.
publicado: 28/09/2016 12h26, última modificação: 01/11/2022 14h36

Lagoas, tanques-rede e viveiros escavados de cinco municípios do Médio São Francisco baiano estão recebendo nesta semana 167 mil alevinos, ação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em parceria com o Governo do Estado da Bahia, por meio da Bahia Pesca, cujo objetivo é fortalecer a pesca e a piscicultura na região, gerar renda e fonte de alimentação para as populações ribeirinhas.

Estão sendo disponibilizados aos produtores e pescadores 47 mil alevinos de tambaqui, 31 mil de tilápia e outros 89 mil de carpa. A ação alcança cinco municípios e beneficia diretamente famílias de 34 comunidades de Matina, Paratinga, Riacho de Santana, Santa Maria da Vitória e Serra do Ramalho, na área de atuação da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Bom Jesus da Lapa.

A Associação de Moradores de Jenipapo e Batata, do município de Serra do Ramalho, que reúne 68 famílias, é uma das beneficiadas pela ação. No ano passado, a associação já havia recebido apoio da Codevasf para o desenvolvimento da piscicultura, com a disponibilização de 20 tanques-rede.
“Há dois anos começamos o trabalho com piscicultura, com tanques escavados, mas o impulso maior aconteceu quando recebemos os tanques-rede da Codevasf. Para podermos exercer a atividade, o abastecimento dos mananciais com alevinos é muito significativo”, diz Iedas dos Santos, presidente da associação.

A ação acontece graças a uma parceria firmada entre a Codevasf e a Bahia Pesca: os alevinos foram produzidos e cedidos pela empresa pública baiana, que é vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) do Governo do Estado. O cadastramento das associações beneficiadas, a avaliação de locais e a logística, entre outras ações, são feitos pela equipe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Bom Jesus da Lapa.

A parceria abrange também ações semelhantes em outros municípios do Médio São Francisco baiano, como Bom Jesus da Lapa, Caetité, Carinhanha, Ibotirama, Igaporã, Jaborandi, Malhada, Sítio do Mato e Tanque Novo.
“O trabalho com a piscicultura, apoiado pela Codevasf, seja através do fornecimento de alevinos ou do estruturamento das associações, tem mudado a condição de vida de várias pessoas, atenuando os efeitos da estiagem, pois oferece importante alternativa de alimentação e de fonte de renda”, diz Isabel Denis, técnica da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Bom Jesus da Lapa.

Recomposição da ictiofauna

Por meio de seus sete Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura implantados em quatro estados, a Codevasf atua na preservação da ictiofauna das bacias hidrográficas, bem como em sua revitalização, por meio da realização de peixamentos e pesquisas aplicadas.

Até hoje, mais de 134 milhões de peixes foram produzidos para a recomposição e manutenção da ictiofauna com espécies nativas do São Francisco e espécies não nativas destinadas ao apoio da piscicultura na bacia. Para os peixamentos foram destinados 73 milhões de nativas, entre elas cari, pacamã, piau, curimatã pacu, curimatã pioa, matrinxã, e piaba.

Segundo o chefe da Unidade de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf, Leonardo Sampaio, a ação ajudar a manter o estoque de peixes e a biodiversidade do rio.

“Além de cuidar da saúde do rio, a ação garante a continuidade da pesca, resultando no desenvolvimento econômico e segurança alimentar da população da região. No primeiro semestre de 2016, os Centros Integrados já produziram cerca de 4 milhões de alevinos de espécies nativas e foram realizados 29 peixamentos. A expectativa é que esses números aumentem ainda mais até o final desse ano”, afirma Sampaio.

Os centros integrados são considerados referência no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias de reprodução, larvicultura e alevinagem de espécies nativas do rio.

Fotografia:

https://www.flickr.com/photos/codevasf/albums/72157644250962246

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