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Aniversário de 515 anos do São Francisco tem peixamento e palestras em Penedo

As águas do São Francisco na altura do Porto das Balsas, em Penedo, foram repovoadas com milhares de alevinos de espécies nativas para marcar, em Alagoas, a passagem de 515 anos de descobrimento do rio pelos navegadores Américo Vespúcio, genovês, e André Gonçalves, português, em 4 de outubro de 1501. A ação da 5ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) incluiu ainda palestras sobre as ações de revitalização, direcionadas a estudantes da região.
publicado: 04/10/2016 16h28, última modificação: 01/11/2022 14h36

As águas do São Francisco na altura do Porto das Balsas, em Penedo, foram repovoadas com milhares de alevinos de espécies nativas para marcar, em Alagoas, a passagem de 515 anos de descobrimento do rio pelos navegadores Américo Vespúcio, genovês, e André Gonçalves, português, em 4 de outubro de 1501. A ação da 5ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) incluiu ainda palestras sobre as ações de revitalização, direcionadas a estudantes da região.

“Os peixamentos são muito importantes. Eu gosto de pesca e sei que vai ajudar toda a população que depende da pesca, pois fará com que o rio fique mais vivo, fortalecendo a cultura da região”, disse a pequena Luane Rafaele, 11 anos, que compareceu ao evento acompanhada do avô e dos irmãos e assistiu a todo o processo de peixamento, desde a soltura dos tanques de transporte até a abertura das bolsas pelo público participante.

Para a estudante Joane Silva, 20 anos, filha de agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado do Boacica, atividades como essa são fundamentais para que a população possa saber o que está sendo realizado para revitalizar o rio São Francisco, tão importante na vida das famílias ribeirinhas.

“Muitos de nós não conhecíamos os assuntos falados nas duas palestras. Todos os estudantes puderam tirar dúvidas sobre as ações de revitalização do rio São Francisco. Temos que saber o que ainda podemos fazer para revitalizar o São Francisco. O rio representa tudo em nossa vida, pois sou filha de agricultores que utilizam o São Francisco para irrigação”, conta ela, que presenciou as palestras no auditório da Codevasf em Penedo junto com um grupo de estudantes da região.

Peixamento em AlagoasO engenheiro químico Marcos Vinicius Teles, um dos palestrantes, destacou as ações da Codevasf para repovoamento da bacia hidrográfica do São Francisco com espécies nativas, a exemplo do piau, da xira, do pacamã, da matrinxã e da curimarã pioa - estas últimas ameaçadas de extinção no Baixo São Francisco e que, após os peixamentos, voltaram aparecer nas redes dos pescadores.

“Segundo relatos de pescadores, a matrinxã não era encontrada no Baixo São Francisco há aproximadamente 40 anos. Para nossa satisfação, essa espécie voltou a ser encontrada no monitoramento realizado pelo Ceraqua São Francisco da Codevasf”, comemorou.

O engenheiro agrônomo Pedro Melo, chefe da Unidade Regional de Meio Ambiente da Codevasf em Alagoas, apresentou em sua palestra as ações já executadas e em execução pela Companhia para revitalização da bacia hidrográfica do São Francisco em Alagoas.

Os destaques são a implantação de sistemas de esgotamento sanitário, de sistemas de abastecimento de água, o aterro sanitário no sertão alagoano, o centro de recuperação de áreas degradadas para recomposição da vegetação em nascentes e encostas e o programa de universalização de acesso à água para consumo humano.

Na avaliação do superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo, foi um dia de celebração, mas também de reflexão. “A data representa um dia de reflexão sobre os esforços que estamos realizando para revitalizar nosso São Francisco. Muito já fizemos, mas também temos muito a executar. Esse rio tão presente em nossas vidas por meio do abastecimento de água, da irrigação, do lazer com os banhos e a pesca precisa cada vez mais de nossa atenção - e não somente do Poder Público, mas também da sociedade”, declarou.

As atividades de celebração do aniversário de descobrimento do rio São Francisco executadas pela Codevasf contaram com o apoio da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que esteve presente por meio dos professores Alexandre Oliveira, coordenador da Unidade de Ensino de Penedo, e Petrônio Coelho, da mesma unidade, e também da Escola Estadual Comendador José da Silva Peixoto.

Em Alagoas

A passagem do São Francisco por Alagoas tem início no rio Moxotó, afluente que divide Pernambuco e Alagoas, nos municípios de Delmiro Gouveia e Pariconha, região do cânion do Xingó e da barragem do mesmo nome. Após percorrer cerca de 278 km, deságua no oceano Atlântico no município de Piaçabuçu. Além do Moxotó, outros afluentes no estado são os rios Capiá, Riacho Grande, Ipanema, Traipu e Piauí.

Veja fotografias ilustrativas:
https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157644250962246

Ouça as notícias da Codevasf:
https://soundcloud.com/codevasf