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Estudantes ribeirinhos de Alagoas e Sergipe conhecem trabalho de revitalização do Centro Integrado de Itiúba

Estudantes de escolas públicas de Alagoas e Sergipe conheceram, nesta semana, as ações de revitalização da ictiofauna da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco promovidas pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, um centro tecnológico e científico da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) que atua para repovoamento da bacia.
publicado: 18/12/2015 11h15, última modificação: 01/11/2022 14h27

Estudantes de escolas públicas de Alagoas e Sergipe conheceram, nesta semana, as ações de revitalização da ictiofauna da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco promovidas pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, um centro tecnológico e científico da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) que atua para repovoamento da bacia.

Além de conhecer estrutura, funcionamento e execução das ações, os estudantes contribuíram diretamente com a revitalização do “Velho Chico” com a participação em um peixamento que encerrou as atividades. A ação foi uma iniciativa da Codevasf e da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

As visitas foram realizadas em dois dias e contaram com a participação de estudantes da Escola de Ensino Fundamental Padre Hildebrando Mendes Costa, situada no povoado Itiúba, no município de Porto Real do Colégio (AL), e da Escola Estadual Dom Antônio Dos Santos Cabral, localizada no município de Propriá (SE).

Os grupos de visitantes eram formados por crianças e adolescentes ribeirinhos que possuem sua vida intimamente ligadas ao “Velho Chico”. Uma delas é a estudante Maria Eduarda, da Escola Estadual Dom Antônio Dos Santos Cabral. “Eu aprendi muitas coisas hoje. Aprendi a conservar mais o rio, pois antes jogava lixo dentro dele. Agora não jogo mais. Eu já conhecia metade dos peixes apresentados, pois um amigo de minha mãe pesca no rio”, declarou a estudante de 14 anos.

Gustavo Batista, de 11 anos, também estudante Escola Estadual Dom Antônio Dos Santos Cabral, levou para casa os ensinamentos dessa aula ao ar livre. “Aprendi a cuidar do meio ambiente e dos peixes, entre várias outras coisas. Também fiz o peixamento para soltar peixes no rio São Francisco”, falou orgulhoso.

Segundo a professora Joseane Lorena, diretora da Escola Estadual Dom Antônio Dos Santos Cabral, a visita foi importante para os estudantes conhecerem as ações e os cuidados para preservação do rio São Francisco. “Todos esses alunos são ribeirinhos e é importante que eles se conscientizem da importância do nosso rio e de tudo que deve ser feito para preservá-lo”, explicou.

As visitas foram realizadas a partir de uma parceria entre a Codevasf, por meio do Centro de Itiúba, e a UFS, por meio do Laboratório de Ictiologia do Departamento de Biologia.

Segundo o futuro biólogo, o graduando em Ciências Biológicas Thiago D’Ávilla, que já executa atividades de pesquisa científica no Centro Integrado de Itiúba, as visitas dos estudantes integram seu projeto de conclusão de curso “O Rio São Francisco: conhecer para preservar”, que pretende fazer um trabalho de educação ambiental ao trazer mais conhecimentos para os jovens ribeirinhos para promover uma mudança de comportamento que ajude na preservação do “Velho Chico”.

“Na apresentação, abordamos um pouco do histórico do rio São Francisco, sua importância, enfatizando sua geografia, por onde se distribui, os estados em que ele drena, em que ele possibilita o desenvolvimento econômico e social. Abordamos também um pouco dos peixes do São Francisco, enfatizamos a redução na quantidade de peixes e os problemas que estão atingindo o rio. Enfatizamos, ainda, a importância de ações de conservação, a começar do indivíduo até como a população como um todo”, revelou.

Segundo o professor Marcelo Brito, a parceria da UFS com o Centro possibilita a execução de pesquisas que contribuem com a utilização sustentável da bacia, a exemplo da atividade de piscicultura. Ele cita atividades executadas por pesquisadores da UFS dentro do centro da Codevasf.

“Temos trabalhando para verificar a dinâmica reprodutiva das espécies, como também a dinâmica das populações naturais do rio. Essas ações de educação ambiental são para sensibilizar as crianças. As pesquisas com confinamento são feitas para podermos colaborar com a melhoria no racionamento de recursos, como alimentos, para poder identificar se há um aumento na produtividade e, com isso, reduzindo custos”, citou o professor.

A coordenação das atividades foi realizada pelo engenheiro químico da Codevasf Marcos Vinícius Teles Gomes. “Nosso trabalho de peixamento e recomposição da ictiofauna não daria melhor resultado se não agregássemos a isso a educação ambiental. Esse trabalho de educação ambiental tem que ser sempre agregado aos peixamentos e à produção de alevinos de forma continua. A ideia é trabalhar a educação ambiental com todas as escolas da região para mostrar a importância do peixamento e da recomposição da ictiofauna com peixes nativos”, afirmou.

A atividade também contou com a participação do biólogo José Reginaldo e do engenheiro de pesca Kley Lustosa, ambos da Codevasf.

Veja fotografias no perfil da Codevasf no Flickr:

https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157662473084966

Ouça a Rádio Codevasf:
https://soundcloud.com/codevasf