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Codevasf e SergipeTec planejam produção de palma com uso de biotecnologia

A produção de mudas de palma forrageira com o uso de biotecnologia deve ser iniciada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em 2016. Essa é uma das ações previstas no acordo de cooperação técnica firmado entre a Codevasf e o Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec). A expectativa é de que sejam produzidas mais de 100 mil mudas na Biofábrica de Mudas Vegetais do SergipeTec para serem posteriormente doadas a produtores familiares.
publicado: 16/12/2015 12h59, última modificação: 01/11/2022 14h27

A produção de mudas de palma forrageira com o uso de biotecnologia deve ser iniciada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em 2016. Essa é uma das ações previstas no acordo de cooperação técnica firmado entre a Codevasf e o Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec). A expectativa é de que sejam produzidas mais de 100 mil mudas na Biofábrica de Mudas Vegetais do SergipeTec para serem posteriormente doadas a produtores familiares.

A proposta é desenvolver mudas de palma forrageira resistente à cochonilha-do-carmim no sistema in vitro, em que uma das principais vantagens é possibilitar que uma mesma raquete seja utilizada para a produção de 20 mudas ou mais. Como as experiências iniciais com espécimes da região já indicaram resultados positivos, o início da produção em grande volume da palma forrageira deverá ser iniciado em 2016, disseminando a cultura especialmente no Alto Sertão de Sergipe, onde se localiza a principal bacia leiteira do estado.

Além de criar um cordão de resistência à cochonilha-do-carmim, que vem dizimando lavouras em vários estados do nordeste, a ação irá fortalecer a pecuária leiteira na bacia do rio São Francisco em Sergipe, favorecendo o manejo sustentável do semiárido e a recomposição da caatinga. No futuro, espera-se que outras culturas possam ser cultivadas no sistema in vitro, a exemplo do abacaxi, do maracujá, da mandioca e da banana, para serem destinadas a programas socioambientais da Codevasf e do SergipeTec.

O engenheiro florestal Ronaldo Fernandes Pereira, assistente técnico da Codevasf e doutor em Biotecnologia, pontua os benefícios do projeto sob sua coordenação. “A Codevasf agora tem um grande instrumento na mão, que é a biotecnologia. Com essa ferramenta, podemos produzir culturas melhoradas em um tempo mais curto, acelerando ações de revitalização de nascentes, matas ciliares. Começamos pela palma porque é uma cultura muito importante para o semiárido e temos o objetivo de integrar a palma a um processo de revitalização”, afirmou o coordenador do projeto.

Para aderir ao projeto e ter direito a receber as mudas de palma forrageira, o produtor rural interessado precisa ter áreas disponíveis para plantio e assumir o compromisso de ingressar no contexto da agricultura de baixo carbono, buscando a integração entre pecuária, lavoura e floresta. A palma forrageira é a principal fonte de alimento dos rebanhos durante os períodos de estiagem. Porém, muitas vezes o agricultor familiar não consegue arcar com os seus custos de implantação e recorre à venda do rebanho durante períodos prolongados de seca.

Formalizado em julho deste ano, o acordo de cooperação técnica firmado entre a Codevasf e o SergipeTec prevê a realização de ações conjuntas no Baixo São Francisco sergipano. A parceria inclui o desenvolvimento dos projetos ‘Águas do São Francisco’, ‘Nascentes do São Francisco’ e ‘Florestas Apícolas’, além de ações para capacitação de técnicos da Codevasf e para o fortalecimento de arranjos produtivos locais. O acordo de cooperação possui vigência inicial de cinco anos, podendo ser prorrogado ao final desse período.

Ouça a Rádio Codevasf:

https://soundcloud.com/codevasf

Confira imagens ilustrativas no perfil da Codevasf no Flickr:

https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157653561106068