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Codevasf adere ao programa Pró-Equidade de Gênero e Raça

publicado: 29/05/2024 15h27, última modificação: 29/05/2024 15h27

Ao aderir ao Programa, a Companhia assume o compromisso de busca por relações de trabalho mais igualitárias para o fortalecimento das mulheres no mundo do trabalho

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) assinou na tarde desta terça-feira (28), em Brasília, o Termo de Compromisso da 7ª edição do programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Coordenado pelo Ministério das Mulheres em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, o Ministério do Trabalho e Emprego, a ONU Mulheres e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A Codevasf foi representada pelo diretor da Área de Governança e Sustentabilidade, Gil Cutrim.

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Nesta edição,103 empresas públicas e privadas aderiram à proposta. Juntas, movimentaram cerca de R$ 680 bilhões na economia do país em 2023. São elas: Codevasf, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobrás, PWC, Laboratório Sabin, Correios, Dow Brasil, Kenvue (Johnson’s, Band-aid, Clean&Clear, Listerine, Neutrogena), Unilever, Bosch Brasil, Grupo Stellantis (Dodge, Fiat, Peugeot, Citroën, Crysler, Jeep, RAM), TIM, Eletrobras. Na cerimônia, 90 assinaram o termo.

Ao aderir ao programa, as empresas firmam o compromisso de incentivar práticas e ações que superem as desigualdades de gênero e raça no ambiente de trabalho. As instituições participantes se comprometem a atuar de modo a trabalhar pela eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, na remuneração, na ascensão e na permanência das mulheres no emprego, por meio de políticas específicas. Em março de 2026, após a execução do plano, as empresas deverão apresentar um relatório final com os resultados alcançados.

Para Cutrim, ao aderir à 7ª edição do programa a Codevasf assume compromisso de discutir e promover internamente a equidade de gênero e raça entre funcionárias e funcionários. “A adesão tem grande significado e é um importante passo para aperfeiçoar as relações de gênero e raça na empresa. É uma peça fundamental para que se possa fazer a diferença. Vale ressaltar que medidas de equidade já foram tomadas na Codevasf. Dentre elas, destaco a criação do Comitê de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Diversidade (Cogerd)”, afirma.

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De acordo com o diretor, a Codevasf mantém ações no semiárido que possuem recorte de gênero. “As mulheres também se destacam no empreendedorismo. No município de Taiobeiras (MG) existe um polo de moda e as mulheres estão à frente de mais de 20 fábricas de confecção que mantêm cerca de 400 empregos. No município de Jaíba (MG), mulheres são proprietárias de agroindústria de doces”, acrescenta o diretor da Codevasf.

“Tenho certeza de que, em 2026, a Codevasf irá obter o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça por atender a todos os requisitos estabelecidos no programa. Nosso objetivo é propiciar um clima de equidade entre mulheres e homens na Empresa”, avalia Cutrim.

Avanços sociais e econômicos

Durante a cerimônia, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou que a equidade de gênero vai também fazer a diferença no PIB brasileiro e para as empresas, que vão ter mais lucratividade e orgulho de dizer que a questão de gênero fez aumentar o seu valor por terem uma política afirmativa contundente de gênero e raça. “E nós vamos poder dizer ao mundo que o Brasil e suas empresas e pessoas acreditam que esse país é digno de estar entre as grandes potências mundiais”, disse. 

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Para o diretor da OIT, Vinícius Pinheiro, os indicadores têm se movido muito pouco nas últimas décadas. Como exemplo, ele falou sobre a diferença salarial de 22% entre homens e mulheres que exercem a mesma função e das 11 horas a mais de trabalho de cuidados que elas fazem por semana. Pinheiro também apontou a importância de enfatizar que a equidade de gênero e raça é boa para os negócios. "Ambientes mais diversos são mais produtivos. E reitero o convite à ação, não somente a adesão, com adoção de medidas, mas deixo o compromisso da OIT de seguir apoiando o governo brasileiro", disse.

A representante da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, falou sobre o amadurecimento do programa ao longo de todas as edições, lembrando que o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça é uma das primeiras iniciativas nesse sentido, e que a sua solidez é representada pelo avanço já feito pelas empresas presentes na edição. “Essas empresas deram passos adiante no compromisso de promoção da igualdade de gênero e raça. Igualdade de gênero significa bons negócios em que ganham as empresas com aumento de produtividade e competitividade. Para isso, precisamos promover um ambiente em que todos os talentos possam ser respeitados”, destacou Ana Querino, desejando que todas as empresas que assinaram o termo de compromisso sejam agraciadas com o Selo. “Porque não serão só vocês que ganharão, mas os funcionários, a sociedade, o Brasil e o mundo", afirmou.

Também participaram da cerimônia, as secretárias nacionais Márcia Lima, do Ministério da Igualdade Racial, e Márcia Rollemberg, do Ministério da Cultura, presidentes, diretores das empresas, integrantes do Comitê de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Diversidade da Codevasf (Cogerd) e do Comitê de Integridade da Companhia, e funcionárias da empresa.

Pró-Equidade

Lançado em 2005, o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça tem o objetivo de fomentar a adoção de políticas e práticas organizacionais que desenvolvam novas relações de trabalho e eliminem todas as barreiras no acesso, remuneração, ascensão e permanência das mulheres no emprego.

Podem participar empresas com mais de 100 empregadas e empregados, que demonstrarem compromisso com a justiça de gênero e raça. A empresa que executar as ações de maneira satisfatória, no período do programa, conta com uma marca de gestão eficiente – o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça – que contribui para o alcance de bons resultados econômicos, financeiros e socioambientais, e a divulgação nacional e internacional (por meio eletrônico) sobre o compromisso assumido com a igualdade racial e entre mulheres e homens.

O programa também atende aos compromissos internacionais firmados pelo Estado Brasileiro, destacadamente as metas 5, 8 e 10 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), a Convenção para Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as mulheres (CEDAW), Convenções da CSW, Metas de Brisbane do G20, Plataforma de Ação de Beijing, entre outros.