Safra de arroz em projetos de irrigação da Codevasf em Sergipe deve injetar R$ 53 milhões na economia

Já é tempo de colheita de arroz nos projetos de irrigação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no Baixo São Francisco sergipano. A previsão é de que sejam colhidas cerca de 35 mil toneladas de arroz nos projetos Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume. A alta do preço do grão deve contribuir para alavancar a receita dos agricultores, com um valor bruto de produção estimado em R$ 53 milhões.

O preço médio do arroz, superior a R$ 1,5 mil por tonelada no período atual, fez com que os produtores do Baixo São Francisco sergipano apostassem ainda mais na sua produção. No projeto de irrigação Propriá, parte dos lotes utilizados para cultivo de pastagem foram convertidos para a produção de arroz. No projeto Betume, pelo menos 50 produtores implantaram uma segunda safra, com o ótimo preço compensando a menor produtividade.

A alta do preço é motivada pela redução das áreas plantadas no Brasil e, também, pelo clima seco na região Sul do país, que resultaram em queda da oferta do grão. “Por conta das chuvas no ano passado, o plantio atrasou um pouco, mas o preço do arroz está compensando bastante, o que deixa o produtor animado. O resultado tem sido muito bom até o momento”, declara o gerente regional de Irrigação da Codevasf em Sergipe, Ricardo Martins.

Até o momento, já foram colhidos cerca de 30% dos lotes cultivados. A colheita da safra de arroz se estende durante todo o verão. A rizicultura é a principal atividade nos projetos de irrigação da Codevasf em Sergipe. Na safra atual, foram plantados pouco mais de 1 mil lotes de arroz, com uma área plantada estimada superior a 4 mil hectares.

Irrigação em Sergipe

O superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Marcos Alves Filho, destaca que os investimentos nos projetos de irrigação são uma prioridade da empresa. “No ano passado, a Codevasf investiu mais de R$ 5 milhões na reforma de canais de irrigação, recuperação de bombas e sistemas de comportas. O nosso objetivo é sempre proporcionar as melhores condições para o plantio e a colheita, contribuindo para a produção de alimentos e a geração de renda na região”, afirma.

Os projetos de irrigação Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume beneficiam 1,5 mil famílias nos municípios de Propriá, Telha, Cedro de São João, Neópolis, Japoatã, Ilha das Flores e Pacatuba, além de gerar cerca de 8 mil empregos diretos e indiretos na região do Baixo São Francisco sergipano. O arroz é o produto mais cultivado nesses projetos, com destaque, também, para a produção de peixe, milho, coco verde, frutas e grama esmeralda.