Codevasf promove palestra sobre controle de arroz daninho para produtores de Sergipe e Alagoas

A Codevasf promoveu palestra e dia de campo para irrigantes do Baixo São Francisco sobre o controle de arroz daninho em suas lavouras. Na quinta-feira (23), foram apresentadas soluções atuais aos produtores de Sergipe e Alagoas para combate a plantas invasoras, como o arroz vermelho e o capim-arroz. A apresentação foi feita pelo pesquisador André Andres, da Embrapa Clima Temperado, no Rio Grande do Sul.

No evento realizado na sede da Associação de Produtores do Perímetro Irrigado Propriá, o pesquisador demonstrou as alternativas adotadas pelos rizicultores no Rio Grande do Sul para o combate ao arroz daninho. Foram discutidas as técnicas adotadas pelos irrigantes nos estados de Sergipe e Alagoas, com sugestão de melhorias para um controle mais efetivo de espécies invasoras.

“Foi importante vir aqui para conhecer melhor a realidade da região e usar a nossa experiência para alertar o produtor sobre as alternativas para diminuir a quantidade de arroz daninho, com o uso das estratégias corretas”, explicou André Andres. “Identificamos que os produtores precisam de acompanhamento técnico, com pesquisas em uma área demonstrativa que possam levar informação para eles”, complementou o pesquisador da Embrapa.

O agricultor Raimundo Freire, do projeto Propriá, elogiou a iniciativa e disse que é importante que mais produtores tenham acesso a essas informações. “Foi uma palestra muito importante. Estamos enfrentando essa praga, por isso esperamos que venham melhorias para o nosso projeto e para todos os produtores de arroz do Baixo São Francisco”, declarou o irrigante.

A presença de espécies invasoras nos lotes de arroz prejudica a produtividade e reduz os ganhos financeiros dos agricultores. A rizicultura é a principal atividade nos projetos de irrigação da Codevasf nos estados de Sergipe e Alagoas. A produção de arroz nos projetos Propriá, Cotinguiba/Pindoba, Betume, Boacica e Itiúba geram mais de 35 mil empregos diretos e indiretos, com valor bruto de produção superior a R$ 70 milhões.

A chefe da Unidade Regional de Apoio à Produção da Codevasf em Sergipe, Patrícia Maia, disse que é importante promover encontros com especialistas renomados para que os produtores sigam atualizados sobre as técnicas adequadas de manejo. “Controlar o arroz daninho é um desafio e para isso será preciso testar novos manejos para diminuir o banco de sementes de arroz daninho nos solos do projeto”, afirmou.