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Povos indígenas de Alagoas recebem investimentos da Codevasf para modernização da agricultura familiar

publicado: 11/09/2019 11h21, última modificação: 01/11/2022 14h40

Dois povos indígenas de Alagoas que tem a agricultora familiar como principal atividade econômica para geração de trabalho e renda estão recebendo investimentos de mais de R$ 230 mil da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Os recursos federais oriundos de emenda parlamentar ao Orçamento Geral da União (OGU) foram aplicados pela Codevasf na modernização da agricultura familiar dos povos Xucuru Kariri, em Palmeira dos Índios (AL), e Karapotó, em São Sebastião (AL).

Equipamentos agrícolasA Associação Indígena Xucuru Kariri, que representa a etnia de mesmo nome, recebeu investimentos de cerca de R$ 152 mil em máquinas e equipamentos agrícolas, como trator, colhedora de forragem, sulcador, roçadeira e carreta agrícola. Por se tratar de uma doação onerosa, a associação teve que realizar a doação de produtos agrícolas a instituições que desenvolvem projetos sociais, como creches e escolas comunitárias, no prazo de um ano após a assinatura do contrato de repasse dos equipamentos com a Codevasf.

No caso da instituição Xucuru Kariri, a contrapartida foi de 712 kg de raiz de mandioca e 700 kg de banana prata e 700 kg de batata doce, que foram doados à Associação Comunitária Padre Cícero e para o Lar da Criança Ação por Ação, ambas em Palmeira Índios, em Alagoas.

A chegada dos equipamentos aos agricultores Xucuru Kariri está mudando a estrutura da produção agrícola, conforme relatou o presidente da associação indígena, Gecinaldo Xukuru-Kariri. “Nossa produção agrícola era feita com trabalho braçal. Isso tomava muito tempo das famílias e necessitava de muito mais mão de obra e o trabalho no campo ficava mais pesado. Com esse apoio da Codevasf, o trabalho agora será bem melhor”, explicou.

Ele também revelou que projeta uma ampliação da produção agrícola com os novos equipamentos. “Com os equipamentos, teremos uma ampliação da área de cultivo e, consequentemente, um aumento na produção agrícola. Temos uma área bastante diversificada, na qual utilizamos a agroecologia para produção de hortaliças, mandioca, feijão, frutas e criação de aves, ovelhas e peixe”, afirmou a liderança indígena.

Já a etnia Karapotó, representada pela Associação Indígena Comunitária Karapotó Terra Nova, recebeu mais de R$ 80 mil em investimentos da Codevasf para modernização da produção agrícola. Foram adquiridos máquinas e equipamentos como batedeira de cereais, colhedora ensiladeira de forragem, carreta tanque, pulverizador de barras, carreta agrícola e plantadeira de mandioca.

Como também se tratou de uma doação onerosa, a associação Karapotó se comprometeu a realizar uma doação de produtos agrícolas para instituições que desenvolvem projetos sociais no prazo de até um ano após a data de assinatura do documento de repasse dos equipamentos junto à Codevasf. Com isso, estão sendo doados pelo povo Karapotó 301,2 kg de feijão e 236 kg de raiz de mandioca produzidos pela comunidade indígena.

Produtos doadosA estruturação da produção agrícola em comunidades tradicionais de Alagoas a partir da vocação produtiva local tem grande atenção da Codevasf e dos parlamentares que apostam na empresa pública para execução de políticas públicas de Desenvolvimento Regional, conforme aponta o superintendente regional da Companhia em Alagoas, Marlan Ferreira. Para ele, promover o acesso de comunidades tradicionais às modernas tecnologias de produção agrícola e agropecuária impulsiona a inclusão produtiva com geração de trabalho e renda e movimentação da economia local.

“Essas comunidades têm a produção agrícola como principal atividade econômica. Quando o Governo Federal, por meio da Codevasf, e os parlamentares investem na estruturação dessa atividade, estamos intervindo fortemente no Desenvolvimento Regional dessas comunidades, respeitando suas vocações produtivas e as inserindo no moderno mundo da agricultura sustentável e bastante produtiva”, afirmou.

Ele ainda destacou que outras comunidades tradicionais de Alagoas, a exemplo de quilombolas, estão recebendo investimentos a partir de emendas parlamentares ao OGU destinadas à Codevasf.