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Codevasf atinge 1,5 milhões de peixes inseridos no Velho Chico em Alagoas

publicado: 11/12/2019 13h56, última modificação: 01/11/2022 14h40

Um peixamento realizado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na sexta-feira (06) em trechos do rio São Francisco em Penedo (AL) levou a Companhia a atingir a marca de 1,5 milhão de peixes nativos inseridos na bacia do rio São Francisco em Alagoas em 2019. Curimatã-pacu, cari amarelo, mandi amarelo e o piau verdadeiro foram algumas das espécies inseridas ao longo deste ano em ações de repovoamento. O primeiro peixamento de 2020 está previsto para acontecer durante a Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Penedo, no dia 11 de janeiro.

39067551045_8d31578140_b.jpg“É importante perceber que por trás dessas atividades de peixamento, que em muitos locais inclui a participação de escolas para agregar o valor educacional e lúdico, existe um enorme trabalho de pesquisa dos nossos seis Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura. Esse trabalho, entre outras ações, inclui a seleção e produção de espécies pesqueiras nativas, a escolha do melhor local para a soltura dessas espécies preservando o equilíbrio daquele ecossistema, a definição de melhor época para aumentar os estoques pesqueiros e até a reintrodução de espécies em extinção ou extintas”, afirma Fábio Miranda, diretor da área de revitalização da empresa.

Segundo o chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Alagoas da Codevasf, Vinícius Dias Filho, foram inseridos no trecho do rio São Francisco em Penedo cerca de 15 mil juvenis de peixes de espécies nativas de espécies como a curimatã-pacu, o cari amarelo e o piau verdadeiro.

A ação de repovoamento em Penedo surgiu a partir de uma articulação entre a Codevasf, Prefeitura Municipal, Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e a Colônia de Pescadores Z-12. “O peixamento partiu de uma solicitação da Secretaria de Agricultura de Penedo, que propôs programar um peixamento no período de defeso para que, dessa forma, diminuir a probabilidade de uma captura precoce”, explicou Dias Filho.

39804295762_d3dc565d3b_b.jpgEle acrescenta que os pontos de soltura dos peixes no rio foram definidos para proporcionar menores riscos de predação aos peixes e também constituírem um ambiente de conforto para algumas das espécies trabalhadas. “Buscamos trechos com a presença de vegetação específica e de rochas. Todos eles afastados e à montante da zona urbana de Penedo”, revelou o chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros da Codevasf.

Centro Integrado de Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Alagoas

Segundo dados da Codevasf em Alagoas, em 2019 foram produzidos cerca de 5 milhões de peixes no Centro Integrado de Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Alagoas. Essa produção busca atender a demanda interna de alimentação de outras espécies, formação de plantel de reprodutores, recomposição da ictiofauna (peixamentos) e o fomento à piscicultura familiar com a doação de alevinos. Nesse ano foram produzidos alevinos das espécies curimatã-pacu, curimatã-piôa, cari amarelo, mandi amarelo, matrinxã, pacamã, piaba do rabo amarelo, piau verdadeiro, tambaqui e tilápia.

Em 2019 foram realizados dezoito peixamentos na área de abrangência da Codevasf em Alagoas, sendo nove no Rio São Francisco e seus afluentes e outros nove em açudes públicos nas regiões do agreste e do sertão. Nessas ações foram inseridos aproximadamente 1,5 milhão de alevinos.

Para o superintende regional da Codevasf em Alagoas, Marlan Ferreira, o sucesso das ações de peixamento, que conta com o envolvimento de diversos segmentos sociais, aponta que a Companhia está no caminho certo nas ações de repovoamento. “Os peixamentos realizados pela Codevasf ao longo da bacia em Alagoas, em afluentes e açudes públicos, já são uma ação permanente e com resultados concretos. O que fazemos aqui é uma intervenção técnica que utiliza tecnologia de produção, transporte e inserção, cujo resultado é a vida continuando dentro e fora do Velho Chico. Segurança alimentar e equilíbrio ambiental movem essa ação”, resume Ferreira.