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Codevasf participa de encontro técnico para enfrentamento de doença do caju no Piauí
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) integra um grupo de instituições que pretende enfrentar o oídio, uma doença que está provocando uma baixa na produção anual de caju no Piauí, causada por um fungo também conhecido como “cinza” ou “mufeta”. A questão foi discutida num encontro da Câmara Setorial da Cajucultura do Piauí, encerrado nesta quinta-feira (03).
Durante três dias de encontro, os participantes puderam discutir aspectos teóricos do oídio e realizar trabalhos de campo. Entre as atividades de campo, foram realizadas visitas às propriedades que possuem cultivos de caju já prejudicados pelo oídio. No local, os produtores foram capacitados sobre o manejo integrado, monitoramento da doença, avaliação da severidade do fungo, formas de tratamento e prevenção.
De acordo com o pesquisador e fitopalogista da Embrapa, Cândido Athayde Sobrinho, o fungo, que tem grande potencial de disseminação e de redução da qualidade de produção, atingiu cerca de 60% dos cajueiros e já é tratado como epidemia.
“A doença atinge caráter de epidemia e nós estamos reunidos aqui, justamente, com o intuito de treinar os produtores e empresários, sensibilizarmos os agentes da cadeia para que possamos nos preparar para o ano que vem, com ações tomadas em caráter preventivo e o controle da doença seja antecipado”, explicou Athayde.
A cajucultura é uma das cadeias produtivas de maior relevância no estado do Piauí, sendo uma das maiores geradoras de emprego e renda, especialmente no período seco, nos meses de setembro a novembro, quando a agricultura de subsistência está praticamente parada.
A Câmara Setorial da Cajucultura do Piauí é composta por produtores, técnicos da Codevasf, da Embrapa – Meio Norte, da Secretaria de Agricultura do Piauí, entre outros.