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Ovinocaprinocultura é estimulada pela Codevasf com construção de “bodódromo” no sertão baiano
Um
complexo gastronômico ao ar livre, formado por restaurantes
especializados em carne de bode e áreas de lazer – espaço que, de
quebra, irá estimular o desenvolvimento da ovinocaprinocultura na
região de Irecê, em pleno sertão baiano. É esse
o objetivo do “bodódromo”, obra de cerca de R$ 1,1 milhão da
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf) que segue em ritmo acelerado no município de
Lapão: a previsão de conclusão é dezembro deste ano.
Os
recursos são oriundos de destaque orçamentário proveniente da
Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração
Nacional (SDR/MI), com
vistas ao fomento do desenvolvimento regional. A obra, inspirada no
Bodódromo de Petrolina (PE), é uma parceria da 2ª superintendência
regional da Codevasf, sediada em Bom Jesus da Lapa, com a prefeitura
municipal de Lapão, celebrada por meio de convênio. Ela está
situada no Parque da Cidade, próxima da BA-432, onde os visitantes
poderão também usufruir de um ginásio poliesportivo, área de
botânica com viveiros e campo de futebol de areia.
Diversos
pratos com base na carne caprina deverão ser comercializados no
local, reforçando a tradição culinária da região e fortalecendo
o consumo. Churrasco de bode, bode cozido e buchada de bode são os
pratos mais conhecidos da população, geralmente degustados com
acompanhamento de arroz, feijão, andú, abóbora, maxixe,
batata-doce ou o cortado da folha da palma.
“O
bodódromo era o impulso que faltava à nossa ovinocaprinocultura,
uma vez que o melhoramento genético do rebanho propiciado pelo
CEBATSA permitiu que chegássemos às atuais 350 mil cabeças de
ovinos e caprinos”, destaca o chefe do escritório da Codevasf em
Irecê, Luiz Alberto Barbosa.
Tecnologias para o semiárido
O Centro de Capacitação em Bases Tecnológicas do Semiárido (CEBATSA), no município de Itaguaçu da Bahia, distante 52 quilômetros da sede do município de Jussara, foi implantado pela Codevasf com o objetivo desenvolver tecnologias adaptadas à convivência com o semiárido e disseminar essas tecnologias para as pequenas propriedades familiares na região, priorizando aquelas que trabalham com a atividade da ovinocaprinocultura.
No espaço, foram feitas validação de tecnologias e atualização em manejos alimentar, sanitário e reprodutivo voltados para a melhoria dos índices zootécnicos da produção animal. O Cebatsa capacitou técnicos e produtores familiares, realizou pesquisas agropecuárias em manejo alimentar, sanitário e reprodutivo de ovinos e caprinos. Além das instalações de alojamentos, refeitório, centro de convivência, salas de aula e auditório, possui também espaços destinados ao manejo e reprodução dos animais, distribuídos em uma área de 310 hectares.
“Os
caprinos e ovinos sempre fizeram parte da vida dos agricultores
familiares do território de Irecê. A princípio, como fonte de
proteína - seja leite ou carne -, garantindo a segurança alimentar
da população, até se tornarem importante fonte de renda”, nota
Luiz Alberto Barbosa.
A
região de Irecê é grandemente responsável pela performance
da Bahia quando se trata do ranking
nacional de ovinos e caprinos: o estado lidera o ranking
de caprinos, com
um rebanho aproximado de 2,3 milhões de cabeças - seguido dos
estados de Pernambuco e Piauí -, e ocupa o segundo lugar no de
ovinos, com aproximadamente 2,8 milhões de exemplares da espécie,
atrás apenas do Rio Grande do Sul (4,2 milhões de cabeças). Os
números são do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Veja fotografias ilustrativas:
https://www.flickr.com/photos/codevasf/albums/72157644288963310
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