Codevasf lançou 1,1 milhão de alevinos em peixamentos realizados em Sergipe neste ano

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) já lançou 1,1 milhão de alevinos em peixamentos no rio São Francisco em Sergipe em 2015. A última ação foi realizada no município de Neópolis, em parceria com a prefeitura, quando foram inseridos 300 mil juvenis de curimatã, espécie nativa do São Francisco, como parte da celebração do Trezenário de Santo Antônio. Os alevinos foram fornecidos pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume (CIB), da 4ª Superintendência Regional da Codevasf.

O peixamento em Neópolis contou com a participação da população, incluindo pescadores, estudantes e professores de escolas locais. A Colônia de Pescadores Z-7, do município de Neópolis, também contribuiu com a realização do peixamento. Para o presidente da Colônia de Pescadores Z-7, Cícero Medeiros Lima, esse é um trabalho que tem muitas consequências positivas.

“É uma ação importante para a sustentabilidade do rio e para os próprios pescadores. É interessante que esse trabalho se amplie, ocorra com cada vez mais frequência e com a inserção de outras espécies nativas, como o piau e o surubim, para que os resultados sejam ainda melhores”, afirmou Cícero Medeiros Lima.

Em junho, a Codevasf também forneceu 5 mil alevinos para a realização de um peixamento no município de Propriá. Os alevinos foram entregues à Organização do Desenvolvimento Ambiental Sustentável e da Cultura Popular Tradicional do Baixo São Francisco (Odasc/Carranca), que promoveu o peixamento como parte de uma série de atividades educativas e culturais em alusão ao Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco.

O peixamento realizado na orla de Propriá teve a participação de estudantes, Igreja e outras organizações não governamentais. “Resolvemos nos solidarizar com o Comitê da Bacia Hidrográfica e dar a nossa contribuição. E o peixamento é uma atividade importante porque tem grande participação das crianças, o que é muito importante para a preservação do rio no futuro”, disse Everaldo Fernandes da Silva, presidente da ONG.

Modernização do CIB

Para ampliar as ações realizadas pelo Centro Integrado de Betume, a Codevasf está investindo mais de R$ 4 milhões na reforma e modernização da unidade. As obras, em fase final, vão dobrar a capacidade de produção de alevinos 4 milhões para 8 milhões de alevinos por ano, além de aumentar a capacidade de realização de pesquisas científicas. Já foram concluídas as obras da sede, dos laboratórios, do galpão de manejo de alevinos, do auditório e dos alojamentos, entre outros itens.

Os peixamentos realizados em junho foram os primeiros com alevinos produzidos no CIB neste ano – devido às reformas, um peixamento realizado em janeiro contou com 800 mil alevinos fornecidos pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, unidade da Codevasf em Alagoas. “Essa obra vai permitir, entre outras melhorias, o aumento do número de espécies de peixes produzidas no CIB. O nosso objetivo é fortalecer os trabalhos na área de piscicultura, com a finalidade de contribuir para a preservação do rio São Francisco e para a manutenção da atividade pesqueira”, disse Oscálmi Porto, gerente regional de Revitalização.

O superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Said Schoucair, ressalta que a empresa está realizando todo o esforço possível para agilizar a conclusão da reforma do CIB. “O Centro Integrado de Betume exerce um papel fundamental e serve de apoio para várias ações importantes na região do Baixo São Francisco. É de nosso total interesse o término da reforma para ampliarmos a nossa atuação”, declarou.

Os peixamentos possuem importante função ambiental e social, além do apelo pedagógico, uma vez que mobilizam a sociedade em prol de uma ação para a revitalização do São Francisco. Segundo o gerente de Desenvolvimento Territorial da Codevasf, Walber Santana, os peixamentos são ações permanentes da empresa e ocorrem por toda a bacia. “Para o ano de 2015, a nossa meta é a realização de 45 ações de peixamentos com espécies nativas, contribuindo para a manutenção do estoque pesqueiro na bacia do rio São Francisco e para a garantia alimentar da população por meio da pesca artesanal”, afirmou.

Veja fotografias ilustrativas no Flickr da Codevasf:

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