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Agricultores remanejados do perímetro Mirorós já produzem em lotes do Nupeba e Riacho Grande

Alguns dos cerca de 40 agricultores que foram remanejados do perímetro irrigado de Mirorós, em Ibipeba, no oeste da Bahia, para os perímetros de Nupeba e Riacho Grande, também no oeste baiano, em 2013, já estão produzindo em seus novos lotes.
publicado: 26/10/2015 18h24, última modificação: 01/11/2022 14h32

Alguns dos cerca de 40 agricultores que foram remanejados do perímetro irrigado de Mirorós, em Ibipeba, no oeste da Bahia, para os perímetros de Nupeba e Riacho Grande, também no oeste baiano, em 2013, já estão produzindo em seus novos lotes. Assim como Mirorós, os novos perímetros de Nupeba e Riacho Grande também foram implantados e mantidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e fazem parte da área de atuação da 2ª Superintendência Regional, que tem sede em Bom Jesus da Lapa.

“Esse remanejamento foi fundamental por dois aspectos. Primeiro, porque os produtores ficaram sem água lá em Mirorós e segundo, porque resolveu um problema de ocupação nos perímetros de Nupeba e Riacho Grande. Aumentou muito a área ocupada”, diz Antônio José do Carmo, chefe do Escritório da Codevasf em Barreiras.

Em 2013, durante uma reunião realizada no escritório da Codevasf em Barreiras, foram escolhidos os lotes de destino de cada um dos produtores que manifestaram interesse na transferência para os perímetros Nupeba e Riacho Grande. O remanejamento foi necessário em decorrência de uma crise hídrica na barragem Manoel Novaes, que afeta o perímetro de Mirorós, e estava inviabilizando a produção local. A saída desses produtores causou uma diminuição na demanda de água. A fonte hídrica do Distrito de Irrigação dos Perímetros Irrigados Nupeba e Riacho Grande é o Rio Grande.

“Nós temos dois grupos de produtores que vieram de Mirorós. O pessoal que tinha alguma reserva financeira já está produzindo bem. Já quem não tinha essa reserva está recebendo as escrituras neste momento. Precisam delas para conseguir financiamento bancário”, explica José Adelson, coordenador do Conselho de Administração do Distrito de Nupeba e Riacho Grande, um dos coordenadores do remanejamento, e produtor que migrou de Mirorós para Riacho Grande.

“São produtores capacitados, experientes, que trouxeram uma nova dinâmica para os perímetros. Trouxeram novas tecnologias, um novo conhecimento. Já eram bem sucedidos lá, mas tinham um sério problema de falta de água. Alguns já estão produzindo, outros estão aguardando escrituras. Estão todos recebendo as escrituras”, diz Antônio do Carmo.

Foram disponibilizados pela Codevasf cerca de 550 hectares irrigáveis e 385 hectares de sequeiro na soma dos dois perímetros. São cerca de 320 hectares irrigáveis e 300 hectares de sequeiro em Nupeba; e 230 hectares irrigáveis e 85 hectares de sequeiro em Riacho Grande. Outros produtores de Mirorós foram remanejados para o perímetro irrigado de Formoso, no município de Bom Jesus da Lapa, também no oeste baiano, onde foram disponibilizados pela Codevasf 400 hectares irrigáveis e 40 hectares de sequeiro.

“Aproximadamente, já temos 200 hectares implantados de banana só com os produtores remanejados. Com o recebimento completo das escrituras e o financiamento bancário, o pessoal de Mirorós deve subir para 500 hectares de banana nos próximos 12 meses. E o pessoal que já estava aqui nos perímetros também está apostando na rentabilidade da produção de banana. Antes da nossa chegada, o carro- chefe daqui era o limão. A situação não estava muito boa e o pessoal está resolvendo apostar nessa nova cultura”, conta José Adelson.

“Os produtores remanejados estão otimistas. É um pessoal mais novo, com anseio de crescer. E lá em Mirorós, devido à situação da barragem, era muito difícil obter esse crescimento. Era uma situação decrescente. Hoje, vemos dificuldades porque todo recomeço é difícil, mas o sentimento geral é de muito otimismo”, complementa José Adelson.

Veja fotografias no perfil da Codevasf no Flickr:

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