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Ação da Codevasf garante sobrevivência de 15 mil peixes no Médio São Francisco baiano
Cerca de 15 mil peixes de espécies nativas do rio São Francisco tiveram a sobrevivência assegurada na região do Médio São Francisco baiano, graças a operações de resgate em lagoas marginais e soltura em áreas mais preservadas do rio realizadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), por meio da 2ª Superintendência Regional, com sede em Bom Jesus da Lapa, e do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf, em Xique-Xique, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Xique-Xique, na Bahia.
“O resgate e salvamento, catalogação e monitoramento dessas lagoas são ações de singular importância para a revitalização do rio São Francisco e deverão ser rotineiras e implementadas anualmente pois sabemos que grande parte das lagoas marginais, em seu ciclo natural, secam ou diminuem de volume mesmo sem estiagens prolongadas”, comenta o chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf em Xique-Xique, Charles Fabian.
As lagoas marginais possuem uma importância ecológica essencial na revitalização do rio, pois consistem em verdadeiros berçários naturais para as diversas espécies de peixes nativas do rio São Francisco, com a função de repor o estoque natural alterado por inúmeros fatores, como pesca irregular e predatória, assoreamento, devastação das margens e estiagem. Com a intensa estiagem na região, muitas lagoas já sucumbiram ou encontram-se quase secas, provocando reflexos negativos sobre a ictiofauna do rio São Francisco, interrompendo o ciclo natural de reprodução e a possível sobrevivência das espécies.
Entre agosto e novembro deste ano, foram realizadas cinco operações de resgate e soltura em áreas mais preservadas do rio, nas quais foram resgatados cerca de 15 mil peixes, de 21 espécies. Entre elas: Surubim (Pseudoplatystoma corruscans), Curimatãs (Prochilodus argenteus; Prochilodus costatus), Sarapó (Eigenmannia virescens), Mandi (Pimelodus maculatus), Corró (Trachelyopterus galeatus), Piau (Leporinus obtusidens), Cascudo (Hypostomus spp), Matrinxã (Brycon orthotaenia) e Dourado (Salminus franciscanus).
As atividades foram orientadas por biólogos, engenheiros de pesca, estudantes de Engenharia, técnicos e membros das comunidades. “É importante destacar o envolvimento desses diversos segmentos na busca de soluções que possam evitar e mitigar os impactos que as estiagens têm sobre esse acervo, culminando com as ações em favor de revitalização do rio, objeto das ações da Codevasf”, complementa Charles Fabian.
Veja fotos no Flickr da Codevasf:
https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157649156226179/
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