Você está aqui: Página Inicial > Notícias > 2014 > Ação da Codevasf contribui para reforçar alimentação animal em áreas afetadas pela seca na Bahia
conteúdo

Notícias

Ação da Codevasf contribui para reforçar alimentação animal em áreas afetadas pela seca na Bahia

Cerca de 50 famílias de pequenos criadores vinculadas à Associação de Desenvolvimento Global de Carnaíba do Sertão (Adeglocase) – no semiárido baiano, região do Submédio São Francisco – terão condições de melhor alimentar cabras, ovelhas e outros pequenos animais que integram sua atividade econômica. Numa ação do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) entregou à entidade um kit de máquinas forrageira e ensiladeira, equipamentos que contribuem para o manejo alimentar e a sobrevivência animal especialmente em períodos de estiagem.
publicado: 14/04/2015 11h04, última modificação: 01/11/2022 14h32

Cerca de 50 famílias de pequenos criadores vinculadas à Associação de Desenvolvimento Global de Carnaíba do Sertão (Adeglocase) – no semiárido baiano, região do Submédio São Francisco – terão condições de melhor alimentar cabras, ovelhas e outros pequenos animais que integram sua atividade econômica. Numa ação do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) entregou à entidade um kit de máquinas forrageira e ensiladeira, equipamentos que contribuem para o manejo alimentar e a sobrevivência animal especialmente em períodos de estiagem.

“A máquina tritura tudo, e misturando alguns farelos e grãos, fica pronta a ração para completar a alimentação dos animais. Usamos capim, mandacaru, cana, palha de milho, palma, mandioca e macambira”, conta o presidente da entidade, Antônio Vitor Barbosa.

De acordo com o superintendente regional da Codevasf em Juazeiro, Alaôr Grangeon, cerca de 100 desses kits irão beneficiar, até o final deste ano, associações e comunidades que dependem da pequena pecuária extensiva para subsistência. O investimento total é de aproximadamente R$ 1 milhão, recursos da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI) e também oriundos de emendas parlamentares.

A Adeglocase, segundo Antonio Vitor Barbosa, se preparou para receber as máquinas adaptando uma das salas da entidade para a instalação. Cada associado poderá fazer a forragem, ensacar e levar o material já embalado até sua propriedade.

Uma das vantagens desse tipo de kit forrageiro é que a máquina possui um motor a diesel acoplado, o que dispensa o uso de – e os custos com – energia elétrica, e facilita o transporte em caso de necessidade de mudança do local de funcionamento.

Segundo o técnico da Codevasf Everaldo de Andrade Cavalcanti, para fazer jus ao benefício as famílias devem preencher os critérios do Plano Brasil sem Miséria – como estarem cadastradas no CadÚnico de programas sociais do governo federal e terem renda per capita familiar mensal de até R$ 77. Além disso, a MáquinasCodevasf analisa a documentação da entidade e faz visitas e reuniões técnicas para constatar a real necessidade do equipamento.

Para Izabel Aragão, da Gerência de Desenvolvimento Territorial da Codevasf, essa é uma ação fundamental para o fortalecimento da atividade. “A Caatinga representa uma importante fonte de alimento para os caprinos e ovinos, e é a forma mais prática e econômica de se alimentar os animais; no entanto, no período de estiagem e em algumas fases de criação, esses animais apresentam exigências nutricionais diferenciadas necessitando da suplementação alimentar adequada para a obtenção de bons índices zootécnicos”, explica.

Investindo em caprinovinocultura

Cerca de R$ 8,4 milhões estão sendo investidos pela Codevasf para desenvolver a caprinovinocultura no semiárido baiano desde 2012. O esforço envolve desde a ampliação dos rebanhos e a aquisição de máquinas forrageiras e ensiladeiras até a reforma do Centro de Capacitação em Bases Tecnológicas para o Semiárido (Cebatsa), passando pelo Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Palma Forrageira, o Repalma, voltado para garantir a segurança alimentar animal.

As ações fazem parte do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria, com recursos da SDR/MI e convênio com a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado da Bahia (Seagri).

Somente no Repalma são aproximadamente R$ 6,6 milhões em execução na Bahia, em parceria com a Seagri –  um projeto tocado no âmbito da 2ª e da 6ª superintendências regionais da Codevasf (sediadas respectivamente em Bom Jesus da Lapa e Juazeiro). O objetivo é promover uma rede de multiplicação de palma forrageira, garantindo a segurança alimentar do rebanho de ovinos e caprinos de agricultores familiares, principalmente nos períodos de estiagem. Serão beneficiadas cerca de seis mil famílias de produtores em 115 municípios baianos.Animais

O Centro de Capacitação em Bases Tecnológicas para o Semiárido (Cebatsa), em Itaguaçu da Bahia, teve sua reforma totalmente concluída pela Codevasf no ano passado. O investimento foi de aproximadamente R$ 710 mil e recuperou a estrutura física do centro – que agora está pronto para capacitar técnicos e produtores familiares e desenvolver, validar e difundir tecnologias voltadas para a convivência com o semiárido e atualização em manejos alimentar, sanitário e reprodutivo para a melhoria dos índices zootécnicos da produção animal.

Caprinos e ovinos

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a caprinocultura e a ovinocultura têm se destacado no agronegócio brasileiro. A criação de caprinos, com rebanho estimado em 14 milhões de animais distribuído em 436 mil estabelecimentos agropecuários, colocou o Brasil em 18º lugar do ranking mundial de exportações.

Grande parte do rebanho caprino encontra-se no Nordeste, com ênfase para Bahia, Pernambuco, Piauí e Ceará. A ovinocultura tem representatividade na região Nordeste e no estado do Rio Grande do Sul. Carne, pele e lã estão entre os principais produtos. A produção de leite de cabra é de cerca de 21 milhões de litros e envolve, em grande parte, empresas de pequeno porte. Já a ovinocultura leiteira no país, afirma o MAPA, apresenta potencial para a produção de queijos finos, muito valorizados no mercado.

Veja fotografias ilustrativas no perfil da Codevasf no Flickr:
https://www.flickr.com/photos/codevasf/sets/72157651892490876/

Ouça as notícias da Rádio Codevasf:
https://soundcloud.com/codevasf