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Reforma de casa de farinha quilombola em Alagoas

O superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo, assinou ordem de serviço para reforma e ampliação da Casa de Farinha da Vila Santo Antônio, comunidade quilombola em Palestina, Alagoas.
publicado: 16/06/2010 09h16, última modificação: 01/11/2022 14h14

A farinha de mandioca produzida pela comunidade quilombola Vila Santo Antônio, no município alagoano de Palestina, passará a ter mais qualidade. É o que afirmou na última sexta-feira (11), a presidente da associação quilombola que mantém a Casa de Farinha da comunidade, Luziene da Silva, durante assinatura da ordem de serviço para reforma e ampliação da unidade pelo superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo. A reforma deverá ser concluída em 60 dias.

Segundo Luziene da Silva, a Casa de Farinha da Vila Santo Antônio produz um tonelada de farinha de mandioca por semana no período de farinhada, que tem início entre os meses de julho a agosto e prossegue até outubro, quando há grande volume de produção da mandioca. Ao conhecer com maior detalhe o projeto de reforma e ampliação da unidade, a presidente da associação mostrou-se entusiasmada com a nova fase da casa de farinha. “Há muito esperamos por essa reforma. Creio que a reforma vai trazer qualidade à nossa farinha, pois vamos trabalhar num lugar com mais higiene e com o espaço melhor distribuído. A reforma significa para nós desenvolvimento. A maioria das famílias da região sobrevive da cultura da mandioca”, afirma. Com o aumento da qualidade, a associação espera poder ter um preço melhor do produto, hoje vendido a R$ 0,80 o quilo.

A farinha de mandioca produzida na Vila Santo Antônio é consumida quase que exclusivamente na comunidade. No entanto, de acordo com a presidente da associação dos produtores, com o aumento da produção, a comunidade aposta na exportação do produto para outros municípios e para outros estados da federação.

Já o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo, reafirmou o compromisso da companhia com a inclusão produtiva das populações dos municípios que integram o vale do São Francisco alagoano. “Para que possamos promover o desenvolvimento regional, precisamos identificar os principais potenciais econômicos de cada região”, explicou.

PEIXAMENTO

Antes da cerimônia, a Codevasf realizou um peixamento no açude do DNOCS que atende a comunidade com a inserção de 30 mil alevinos das espécies curimatã, piau e tambaqui produzidos no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Alagoas (Ceraqua São Francisco) em Porto Real do Colégio (AL). De acordo com Álvaro Albuquerque, chefe do Ceraqua São Francisco, o peixamento representa um esforço da Codevasf para fixação do homem no campo. “Os milhares de alevinos soltos contribuirão com o aumento da oferta de alimentos para a população de baixa renda, garantindo segurança alimentar como objetivo do governo federal”, afirmou.