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Estratégias de produção para o Canal do Sertão são discutidas em Alagoas

Gestores públicos, técnicos e produtores rurais estiveram reunidos nessa terça-feira (10), no Palácio República dos Palmares em Maceió (AL), para discutir estratégias de produção para os perímetros do Canal do Sertão. O presidente interino da Codevasf, Guilherme Almeida, e o superintendente da Companhia em Alagoas, Luiz Alberto Nogueira, estiveram presentes ao encontro. Na ocasião, foram apresentadas experiências exitosas e debatidos projetos já elaborados para os perímetros do Canal do Sertão com foco em geração de renda e uso sustentável da água.
publicado: 11/04/2012 16h57, última modificação: 01/11/2022 14h14

Gestores públicos, técnicos e produtores rurais estiveram reunidos nessa terça-feira (10), no Palácio República dos Palmares em Maceió (AL), para discutir estratégias de produção para os perímetros do Canal do Sertão. O presidente interino da Codevasf, Guilherme Almeida, e o superintendente da Companhia em Alagoas, Luiz Alberto Nogueira, estiveram presentes ao encontro. Na ocasião, foram apresentadas experiências exitosas e debatidos projetos já elaborados para os perímetros do Canal do Sertão com foco em geração de renda e uso sustentável da água.

Uma das atividades que se destaca como adequada para a região no entorno do canal é a ovinocaprinocultura. A ação faz parte do projeto estruturante da Seagri no Programa Alagoas Tem Pressa. “Temos que levar em conta a vocação de cada região para a atividade que será desenvolvida. Em relação à ovinocaprinocultura, os animais já são adaptados a essa área, ao clima, às condições naturais. Mas outros fatores devem ser considerados, como o tipo de solo e o mercado consumidor para determinados produtos”, enfatizou o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Jorge Dantas.

O pesquisador da Embrapa Solos, José Coelho de Araújo, fez uma apresentação sobre os tipos de solo na região do Canal do Sertão. Ele salientou que boa parte é formada por solos rasos, com possibilidade de salinização. “Por conta disso, a irrigação, que não é uma prática comum na região, deve ser feita com assistência técnica”, ressaltou.

Já o consultor em sistemas agroindustriais, André Sorio, destacou as possibilidades da ovinocaprinocultura e o que o mercado consumir procura, além de fazer um panorama sobre a produção e o consumo desse tipo de carne no Brasil. “Esse tipo de atividade é adequado para ambientes extremos, como o semiárido, enquanto o Brasil se destaca como o segundo maior consumidor de carne de ovinos na América”, explicou.

Sorio também frisou que o rebanho nacional de ovinos é de quase 17 milhões de cabeças e a média é de 39 cabeças por criador. Já no estado de Alagoas, atualmente a média é de 17 cabeças por criador e o rebanho no Estado é de 203 mil cabeças, com 11.860 propriedades onde esses animais são criados. “Geralmente, a ovinocultura é uma atividade secundária ou terciária dentro da propriedade. É preciso capacitar os criadores para uma melhor produção e que atenda às demandas do mercado. Isso é importante para que haja efetivamente a geração de renda”, analisou o consultor.

No encontro, também houve apresentação do projeto para o Polo de Produção Integrada de Ovinos, conduzida pelo consultor Ricardo Aragão. Esse projeto contempla a capacitação dos produtores, assistência técnica permanente e melhoramento genético do rebanho.

Como experiências exitosas de desenvolvimento sustentável no semiárido, foram apresentados os projetos de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), que recebem assistência da empresa Projetec. Com apoio da Codevasf, as regiões no entorno do rio São Francisco promovem geração de renda tanto nas áreas irrigadas quanto de sequeiro. O expositor foi o consultor da Projetec, Clóvis Guimarães Filho. Ele falou sobre as experiências nos projetos Pontal, em Petrolina (PE), e Salitre, em Juazeiro (BA).

Com informações da Agência Alagoas