Codevasf leva Água para Todos até Jeremoabo, na Bahia

Situada no norte da Bahia, a cidade de Jeremoabo tem uma área de 4.600 km², com uma população de 37,6 mil habitantes, sendo que 18 mil pessoas moram na zona rural do município, constituído por 93 comunidades e 19 aglomerados. Entre as cadeias produtivas de maior destaque estão a de agricultura (produção de feijão e milho), bovinocultura de leite, caprinovinocultura e hortifruticultura.

A situação atual do abastecimento d’água no município ainda é precária e é feita principalmente pelo poço tranqueira, que inclusive oferta o produto para o município de Pedro Alexandre, a 42,2 km de distância. Além disso, a Prefeitura de Jeremoabo administra mensalmente o uso de caminhões-pipa para atender emergencialmente às comunidades rurais.

Para apresentar o Programa Água para Todos à comunidade de Jeremoabo, uma equipe da 6ª Superintendência Regional da Codevasf, cuja sede fica em Juazeiro (BA), realizou na última semana uma audiência pública na Câmara de Vereadores da cidade.

A abertura do evento foi feita pelo superintendente regional da Codevasf, Emanoel Lima da Silva. Na ocasião ele transmitiu aos presentes as principais diretrizes do Programa Água para Todos, do governo federal, que faz parte das ações do Plano Brasil sem Miséria. Emanoel enfatizou também a intenção de colocar a superintendência mais próxima à comunidade. “Para isso, a empresa não medirá esforços no sentido de atender a todos os 27 municípios sem restrição, e, assim, poderemos universalizar o uso da água”, afirmou o superintedente.

Ao todo, conforme demanda inicial levantada por técnicos do Governo Federal, serão necessárias cerca de 746 cisternas de polietileno com capacidade individual de 16 mil litros para solucionar o problema do uso da água naquela comunidade rural. Mas, para isso, a prefeitura de Jeremoabo tem que solicitar junto ao Ministério da Integração Nacional a inclusão para que a cidade seja beneficiada pelo Programa Água para Todos.

O chefe de gabinete de Jeremoabo, Marcos Antônio Menezes de França, que representou o prefeito Pedro Bonfim Varjão, destacou a expectativa de melhoria da condição de vida da população. “Com esta parceria poderemos tentar diminuir o problema da seca que atinge o município”.

Para o presidente da Associação Comunitária do Povoado Bananeira, José Abernal de Souza Barbosa, “a situação é ruim, mas com a chegada do Programa esperamos que melhore, porque água é vida”. A entidade reúne 90 associados, que sobrevivem da produção de tomate, pimentão, banana, feijão de corda, milho, alface, coentro, melão e melancia.

A audiência pública teve a participação de 210 pessoas, entre elas autoridades políticas, eclesiásticas e lideranças comunitárias do município, representantes do governo do estado e de organizações não governamentais, entidades como o Sebrae e associações de trabalhadores rurais.

Ao final do evento, ficou definido que nesta semana haverá a formalização do Comitê Gestor Municipal, que ficará responsável por todas as ações do programa no município, desde a seleção das famílias e das localidades onde serão colocadas as cisternas, passando pela capacitação dos beneficiados até o controle e fiscalização do uso racional da água.