Codevasf investe R$ 4 milhões em assistência técnica a pequenos produtores

“Em se plantando, tudo dá”. A frase em que Pero Vaz de Caminha descreve o Brasil que ele acabara de conhecer, em 1500, é poética e mostra a riqueza desta terra. Na prática, no entanto, é sabido que para se alcançar bons resultados na produção agrícola é necessário fazer mais que apenas plantar.

O agricultor precisa obter alguns conceitos, técnicas e conhecimentos. Mas como o pequeno produtor, que em sua maioria não tem condições de fazer um curso superior ou técnico que lhe dê acesso a esses conhecimentos, poderá ter êxito em sua produção?

Para solucionar esse problema, a Codevasf realiza, ao longo de todo o ano, serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER. Em 2012 serão destinados cerca de R$ 4 milhões para este fim.

Com a intenção de orientar os pequenos produtores do Perímetro de Irrigação Senador Nilo Coelho, área Maria Tereza e Bebedouro, a Companhia conta com 50 profissionais contratados que esclarecem as mais variadas dúvidas acerca de técnicas de produção, manejo de solo e de cultivos, comercialização etc.

Segundo o engenheiro agrônomo e gestor das atividades de ATER da Codevasf, Osnan Soares, só em 2011 foram realizados quase 20 mil atendimentos a produtores locais. “Nós realizamos eventos coletivos, cursos, atendimento individual onde visitamos o lote do produtor e podemos ter um contato mais especifico. O objetivo é fazer com que o produtor obtenha o melhor resultado possível em seu lote. Para que isso aconteça é preciso que estejamos sempre disponíveis. A cada ano que passa conseguimos resultados mais expressivos”, conta.

Para contar com o apoio da ATER, basta ser um pequeno produtor com um lote familiar nos perímetros públicos geridos pela Codevasf. Ao todo, são cerca de 2.500 famílias atendidas.

Responsabilidade ambiental - Os serviços de ATER também visam incutir nos produtores uma atitude mais responsável quanto ao consumo de água, por exemplo. “Ações junto aos produtores foram realizadas para fazer compreender que irrigar não é simplesmente jogar água no solo. Evapotranspiração, espécies cultivadas, características dos solos e outros dados sobre irrigação foram abordados em reuniões e visitas individuais”, conta Osnan. Ele completa: “Dar essa assistência é função do ATER. Conseguimos fazer com que mudanças do sistema convencional para irrigação localizada (técnica mais econômica) atingissem 68,5% em 2011. A expectativa para 2012 é ainda maior”.