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Pesquisa e repovoamento do São Francisco ganham reforço da Codevasf em 2013

Os Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura operados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) receberão investimentos de R$ 14 milhões em 2013. Os recursos previstos serão destinados principalmente para reforma e ampliação desses centros que têm como principal objetivo promover a revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
publicado: 01/03/2013 15h17, última modificação: 06/10/2023 17h11

Os Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura operados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) receberão investimentos de R$ 14 milhões em 2013. Os recursos previstos serão destinados principalmente para reforma e ampliação desses centros que têm como principal objetivo promover a revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.

A expectativa é que os investimentos contribuam para o aumento da produção nos Centros Integrados nesse ano – que passarão a produzir cerca 15 milhões de alevinos. Em 2012, foram 11,7 milhões. Dentre as espécies nativas produzidas destacam-se matrinchã, dourado, surubim e piau; e as espécies exóticas, usadas na piscicultura comercial, tambaqui e tilápia. “Espera-se que haja aumento no número de alevinos porque alguns Centros, como Três Marias, Bebedouro e Itiúba, já estarão com suas obras praticamente prontas”, explica o chefe da Unidade de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf, Leonardo Sampaio.

A Companhia também espera triplicar o número de peixamentos realizados em relação ao ano passado – serão cerca de 100 peixamentos em 2013. A ação consiste no repovoamento do rio usando algumas espécies nativas de peixes da bacia do São Francisco, produzidas nos Centros Integrados. Por meio dessa iniciativa, a empresa busca a manutenção e o aumento dos estoques pesqueiros, garantindo o futuro da pesca e gerando renda para a população local.

Ao todo, são sete centros integrados, distribuídos nos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe. O Centro de Betume, em Neópolis/SE, receberá R$ 4 milhões para a segunda etapa de reforma e ampliação que deve iniciar em abril. Para a segunda etapa da obra, o Centro de Gorutuba, em Nova Porteirinha/MG, também deverá receber R$ 4 milhões; enquanto o Centro de Xique-Xique/BA, R$ 2 milhões. Em Porto Real do Colégio/AL, o recurso previsto para a terceira etapa da obra do Centro de Itiúba é de R$ 1 milhão.

Além dos investimentos em reforma e ampliação, para operação e manutenção dos centros estão previstos recursos de R$ 2,3 milhões, provenientes do Programa Pesca e Aquicultura, por meio de uma ação coordenada pela Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), principal parceiro das ações da Codevasf no setor; e cerca de R$ 700 mil, de convênio entre os Centros Integrados de Três Marias e de Gorutuba e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Os Centros Integrados têm se tornado referência no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias de reprodução, larvicultura e alevinagem de espécies de peixes nativas e produção de alevinos para o repovoamento de mananciais. “As ações beneficiam milhares pessoas todos os anos, seja de forma direta, por meio de suas capacitações e fomento à piscicultura em tanques-rede, ou de forma indireta com os benefícios decorrentes dos peixamentos realizados”, destaca a gerente de Desenvolvimento Territorial da Codevasf, Kenia Marcelino.

A infraestrutura básica das unidades é composta por laboratórios de limnologia (estudo da qualidade da água), ictiologia (estudo da biologia dos peixes) e reprodução artificial; viveiros para produção de alevinos, reprodutores e matrizes; escritórios e depósitos.

Segundo o diretor da Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas da Codevasf, José Augusto Nunes, “os investimentos aplicados nos Centros Integrados nos últimos anos, mais de R$ 20 milhões, garantem a continuidade de suas ações e o avanço em muitas áreas, como na reprodução artificial de peixes do São Francisco, permitindo um maior conhecimento das espécies do rio e fortalecendo nossas ações de revitalização”.