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Comitiva visita Trujillo no Peru
Trujillo (Peru) – O presidente em exercício da Codevasf, Clementino Coelho, e o diretor da Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas, Guilherme Almeida, integraram uma comitiva do governo federal formada por representantes de quatro ministérios (Integração Nacional, Agricultura, Meio Ambiente e Planejamento, além da Embrapa) para conferir de perto os avanços na cultura irrigada de cana-de-açúcar em Trujillo. Trujillo é uma cidade de clima desértico a 800 km de Lima, no Peru - uma das regiões mais secas do planeta: chove em média apenas 60 mm ao ano.
As técnicas em irrigação podem ser adaptadas para o nordeste brasileiro dentro do “Mais Irrigação”, um programa que visa implantar 200 mil novos hectares de perímetros irrigados no semiárido brasileiro, com a geração de 500 mil empregos diretos e indiretos, e investimentos de 10 bilhões de reais, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de parcerias público-privadas.
“A cana-de-açúcar é uma opção para aumentar a geração de emprego e renda no nordeste, e o que vimos no Peru serve de exemplo: numa região extremamente seca a irrigação por gotejamento com precisão possibilitou aumento na produção, com impactos positivos na economia local”, afirmou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
Dois perímetros irrigados foram visitados: Usina Casa Grande, com 40 mil hectares de cana-de-açúcar, sendo 2 mil por gotejamento; e a Usina Laredo, com 10 mil ha, sendo 2 700 ha de gotejo. Ambas utilizam tecnologia da multinacional Netafim. Em relação ao meio ambiente, a cana-de -açúcar é uma planta do tipo C4, que permite uma eficiência de 100% de retenção do carbono absorvido.
O ciclo de corte, no primeiro ano, ficou mais curto com o gotejamento e passou de 18 para 12 meses, para uma mesma produção (180 t/ha). A produtividade média no ciclo de 18 meses era de 10 toneladas/ha/mês enquanto, no gotejamento, foi de 15t/ha/mês. No Brasil, com irrigação apenas para salvamento, a produtividade média gira em torno de 80 t/ha/ano, ou seja 6,6 t/ha/mês.
*Fonte: Site do Ministério da Integração