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Cajucultores do Ceará visitam agroindústrias de processamento de caju no Piauí
A Codevasf promoveu na última semana uma visita técnica à microrregião de Picos (PI) com cerca de 40 produtores e empresários cearenses do ramo da cajucultura. O objetivo da viagem foi conhecer os êxitos da experiência do Piauí no aproveitamento do pseudofruto. “Ao contrário do que muitos pensam, o fruto do cajueiro é a castanha e não o pedúnculo, ou pseudofruto”, explica Francisco Araripe, coordenador da missão cearense.
A equipe participou no primeiro dia de uma apresentação das ações da Codevasf no fortalecimento da cajucultura, proferida pelo gerente de Revitalização, Ocelo Rocha, além de palestras do diretor-presidente da Central de Cooperativas de Cajucultores do Piauí – COCAJUPI, Jocibel Belchior, e do diretor-presidente da Central de Cooperativas Apícolas do Semi-árido Piauienses – CASA APIS, Antônio Leopoldino Dantas. Por fim, houve uma degustação de produtos à base de mel e caju. No dia seguinte, foram realizadas visitas à agroindústria de processamento de castanha da COCAJUPI e às instalações da CASA APIS.
O momento mais esperado pelo grupo foi a visita ao município de Santo Antonio de Lisboa (PI) para conhecer as indústrias de processamento de frutas, em especial o caju (pedúnculo). Essas indústrias, totalizando seis, estão processando mais de 500 toneladas de caju/dia. Isso representa o aproveitamento de cerca de 60% do pseudofruto, que até poucos anos não chegava a 4% na região. A polpa e o suco extraídos têm como destino Rio de Janeiro, Brasília, Paraíba, Pernambuco e São Paulo.
Finalizando a viagem, foram visitados viveiros de clones, que hoje totalizam uma produção média de 3 milhões de mudas/ano e uma unidade de produção de cajuína, bebida símbolo do Piauí.
HISTÓRICO
A Codevasf desenvolve, desde 2003, o programa de fortalecimento da cajucultura no Piauí, por meio do cadastro e seleção de produtores, implantação de áreas e acompanhamento técnico. Já foram plantadas, até 2009, mais de 7 milhões de mudas do cajueiro anão precoce CCP76, o que representa uma área de aproximadamente 15 mil hectares. Os resultados começam a surgir e hoje a microrregião de Picos tornou-se referência nacional na cajucultura.