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Perímetro de irrigação Fulgêncio

No Perímetro de Irrigação Fulgêncio, em Santa Maria da Boa Vista (PE), o entendimento da ação educativa para uso racional da água vai além de teoria. Muitos reassentados do empreendimento que integra o Sistema Itaparica já colocam em prática todo o conhecimento que estão adquirindo sobre a economia de água.
publicado: 13/10/2009 15h02, última modificação: 01/11/2022 14h11

No Perímetro de Irrigação Fulgêncio, em Santa Maria da Boa Vista (PE), o entendimento da ação educativa para uso racional da água vai além de teoria. Muitos reassentados do empreendimento que integra o Sistema Itaparica já colocam em prática todo o conhecimento que estão adquirindo sobre a economia de água. Isso é demonstrado no manejo dos equipamentos usados nos sistemas de irrigação dos lotes.
Na sua oficina mecânica, Miguel Barbosa Filho adota o princípio de que nada se perde, tudo se transforma. Após participar do treinamento sobre montagem e conserto de aspersores, o agricultor agora tira proveito dos materiais de irrigação imprestáveis. “A gente vende a sucata para uma oficina lá em Petrolina e daí esse ferro-velho é transformado em peças novas que os reassentados aqui do Fulgêncio compram de volta”, explica o produtor.
Com o treinamento, Miguel e outros agricultores aprenderam como as peças são confeccionadas. “Pra mim foi bom demais. A gente montou bico novo, testamos; levei velho daqui sem prestar para nada e veio novo. Pra mim, era a chave certa que faltava”, enfatizou o dono de oficina sobre o curso informando que, após a capacitação, chega a consertar nove aspersores por semana. “Quase todo dia tem irrigante que vem procurar a gente para consertar os hidrantes. É muito problema de bico vazando, eixo acabado” conta.
Outro proprietário de oficina mecânica que também participa da ação educativa é José Francisco Evangelista de Oliveira. Ao elogiar a Ação Educativa para o uso racional da água, José ressaltou que costuma orientar seus colegas agricultores sobre o cuidado com os materiais do sistema de irrigação. “O aspersor não dá defeito, o problema todo é só o reparo de dentro, do eixo. Se a pessoa fizer essa manutenção de seis em seis meses, esse aspersor não se acaba”, esclarece.
Para a assistente social da Codevasf em Petrolina, Lúcia Gonzaga, o êxito da ação educativa para o consumo adequado da água está baseado no protagonismo dos reassentados. “Essa é uma ação que partiu dos próprios produtores. A gente busca despertar neles cada vez mais o interesse por zelar o sistema de irrigação e cuidar do solo irrigando de forma correta para evitar o encharcamento, salinização”, comenta a assistente social.