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Incentivo à ovinocaprinocultura

A Superintendência Regional da Codevasf em Juazeiro (BA) realizou, nos dias 6 e 7 deste mês, mutirão na área de sequeiro no Perímetro Irrigado Pedra Branca, localizado entre os municípios de Curaçá e Abaré, na Bahia, com o objetivo de fortalecer o grupo de produtores interessados na atividade da ovinocaprinocultura.
publicado: 10/08/2009 15h08, última modificação: 01/11/2022 14h11

A Superintendência Regional da Codevasf em Juazeiro (BA) realizou, nos dias 6 e 7 deste mês, mutirão na área de sequeiro no Perímetro Irrigado Pedra Branca, localizado entre os municípios de Curaçá e Abaré, na Bahia, com o objetivo de fortalecer o grupo de produtores interessados na atividade da ovinocaprinocultura.

“As áreas de sequeiro do Perímetro não tinham destino de exploração e a nossa intenção é levar alternativas viáveis para ocupação e aproveitamento desse espaço. Por isso, estamos apontando alternativas para fortalecer a ovinocaprinocultura como atividade complementar, com ênfase para caprinocultura de leite e de corte”, disse o engenheiro agrônomo Zilton Alves, da Codevasf em Juazeiro (BA), explicando que, por muito tempo, os produtores ficaram presos à agricultura irrigada, sem desenvolver outras alternativas que gerassem mais emprego e renda na comunidade.

Zilton Alves destacou ainda que a ovinocaprinocultura tem uma característica peculiar que é o envolvimento das mulheres e dos jovens na atividade. Atualmente, os municípios de Abaré e Curaçá adquirem cerca de 880 litros e 440 litros de leite por dia, respectivamente, através do Programa Fome Zero, do governo federal, destinados à merenda escolar, cuja produção atual vem de outro município, que fica a 300 quilômetros de Abaré. “Estamos incentivando a produção interna para abastecer os dois municípios”, reforçou Alves.

Cadeia produtiva – O mutirão envolveu capacitações sobre manejo produtivo da ovinocaprinocultura, diretrizes para formação da associação e aquisição de reprodutores caprinos da raça Boer.

Durante a programação, os participantes também acompanharam os processos da silagem (forragem verde conservada por meio de um processo de fermentação anaeróbica,  isto é, na ausência de oxigênio). As plantas utilizadas foram capim Elefante e mandioca, cultivadas na área irrigada do lote. “Aproveitamos essas culturas para a silagem que é bastante utilizada na alimentação animal no período de seca e pode ser armazenada por um longo período”, completou o engenheiro agrônomo Leonardo Wilker Granja, da Projetec - empresa de Ater.

“Com a criação da associação, será possível vender as produções ao governo federal, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), operacionalizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que repassa os produtos às prefeituras para incrementar a merenda escolar, refeições de hospitais, creches e abrigos”, acrescentou Leonardo Wilker, destacando que os municípios também podem adquirir os produtos da agricultura familiar através da compra direta.