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Fruticultura é destaque em estudo do IBGE

Um estudo divulgado este mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traz um diagnóstico socioeconômico da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, no qual se destaca a agricultura irrigada. A pesquisa, realizada nos meses de outubro de 2005 e maio de 2006, percorreu toda a bacia do São Francisco, da nascente, em Minas Gerais, até a foz, na divisa de Alagoas e Sergipe, totalizando 506 municípios.
publicado: 28/07/2009 14h59, última modificação: 01/11/2022 14h11

Um estudo divulgado este mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traz um diagnóstico socioeconômico da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, no qual se destaca a agricultura irrigada. A pesquisa, realizada nos meses de outubro de 2005 e maio de 2006, percorreu toda a bacia do São Francisco, da nascente, em Minas Gerais, até a foz, na divisa de Alagoas e Sergipe, totalizando 506 municípios.

Intitulado “Vetores estruturantes da dimensão socioeconômica da bacia hidrográfica do Rio São Francisco”, o trabalho do IBGE enfoca desde as transformações espaciais passando pelo usos múltiplos da água até chegar à governança socioambiental. A obra vai servir para subsidiar o Projeto de Macrozoneamento Ecológico-Econômico da bacia coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. “O objetivo deste documento é identificar, assim, algumas das principais questões que irão nortear a dimensão socioeconômica do macrozoneamento da bacia”, diz o texto.

Na apresentação, quando ressalta o papel desempenhado pela Codevasf para o desenvolvimento regional por meio da agricultura irrigada, o documento destaca que “dentre as áreas dinâmicas de modernização intensa (…) destaca-se a do complexo agroindustrial de Petrolina-Juazeiro, consolidado nos anos de 1970, com base na distribuição de subsídios visando à implantação de grandes projetos de irrigação, na qual coube ao Estado montar grande parte da infraestrutura de captação e distribuição de água”.

Numa análise mais contemporânea, o estudo indica que “na atualidade, contudo, avançou-se no entendimento de que a irrigação deve estar associada a outras variáveis, tais como: tecnologia empregada, sementes de boa qualidade, assistência técnica eficiente, tratos culturais, financiamento, além de condição de vida adequada”.

Para o superintendente da Codevasf em Petrolina, Luís Frota, isso pode ser traduzido com as pesquisas da Embrapa patrocinadas pela Companhia para diversificação agrícola com fruteiras como a maçã, o caqui, cacau, entre outros. “Até 2011, pretendemos investir mais de R$ 3 milhões nestas pesquisas da Embrapa”, frisa Luís Frota.

O estudo do IBGE, esboçado em 174 páginas, apresenta algumas conclusões no sentido de mostrar as “tendências dos novos rumos que eventualmente irão tomar os principais vetores de transformação territorial presentes na bacia do São Francisco”, entre outras propostas feitas pelo Instituto que antes constatou que “o binômio fruticultura-irrigação não somente promoveu a incorporação de terras do semiárido à produção, como possibilitou a implantação de um segmento econômico e de uma agroindústria moderna que tem revelado enorme capacidade de inovação, abrindo novos mercados à exportação, tornando a fruticultura uma daquelas atividades que fazem a diferença do Brasil no mundo globalizado atual”.

Bacia - A bacia hidrográfica do Rio São Francisco é composta por 506 municípios com uma área total de 640.000 km² e abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, além do Distrito Federal. Os municípios que compõem a bacia do São Francisco apresentavam, em 2000, uma população total de 16.121.309 habitantes, correspondente a 9,49% da população nacional. Além desta bacia, a Codevasf, desde 2000, passou a atuar também na Bacia do Parnaíba que envolve os estados do Maranhão, Piauí e Ceará.