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Codevasf revitaliza sub-bacias do Velho Chico

Conservar a água e o solo por meio do controle dos processos erosivos são ações que englobam as medidas adotadas pela Codevasf em dez municípios pernambucanos para preservar o rio São Francisco
publicado: 30/04/2009 09h39, última modificação: 01/11/2022 14h11

Conservar a água e o solo por meio do controle dos processos erosivos são ações que englobam as medidas adotadas pela Codevasf em dez municípios pernambucanos para preservar o Rio São Francisco. O trabalho de revitalização contempla os rios Pontal, Pajeú, Moxotó e Ipanema através do Projeto de Manejo Integrado dessas sub-bacias hidrográficas bancado pela Codevasf. Os recursos do Projeto, R$ 4,2 milhões no total, foram repassados ao Ministério do Desenvolvimento Agrário que, em conseqüência disso, celebrou convênio com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), a entidade que executa o Projeto.

De acordo com o chefe da Unidade de Meio Ambiente da Codevasf em Petrolina, Luiz Gonzaga Junior, no tocante a recuperação da mata ciliar, foram priorizadas áreas de assentamentos nos municípios de Lagoa Grande, Águas Belas, Floresta, Iati, Ibimirim, Inajá, Itaíba, Pedra, Serra Talhada e Tupanatinga. “A proposta é buscar soluções práticas para a degradação ambiental envolvendo a comunidade em todas as obras de revitalização, principalmente com o plantio de mudas nas matas ciliares”, ressalta Luiz Gonzaga, que acompanha o andamento das ações.

As intervenções para recuperação das áreas degradadas são plantio direto, manejo racional das pastagens, reflorestamento e proteção de nascentes e matas ciliares. “Nós estamos atuando de forma ampla e concatenada com treinamentos, palestras, educação ambiental, assistência técnica e ações de campo com obras para controle de erosão, recomposição da mata ciliar, tudo para melhorar a qualidade de vida dos moradores dessas sub-bacias”, destaca o gerente regional de Revitalização, Gildemar de Oliveira Santos, acrescentando que as mudas a serem semeadas nas margens dos rios Pontal, Pajeú, Moxotó e Ipanema são cultivadas pela Embrapa SNT.

O Projeto de Manejo Integrado prevê ainda técnicas agrícola para retenção de água e contenção de processos erosivos, como o terraceamento de 1388 hectares de terra totalizando 629 km de terraços, construção de aproximadamente 1400 micro-barragens, 852 barragens de contenção de sedimentos e 421 bacias de captação de enxurradas. “O objetivo disso é evitar o assoreamento dos rios e aproveitar de forma eficiente as precipitações pluviais”, explica Luiz Gonzaga.

EROSÃO - Para conter a erosão do solo na beira de rios e estradas é importante cuidar cobertura vegetal das matas ciliares e criar mecanismos para infiltração de água em terrenos com declives. “As áreas destinadas ao replantio estão sendo cercadas para evitar que os animais danifiquem as espécies. Esse trabalho de conservação ambiental envolve ainda a construção de bacias de captação de águas pluviais às margens de estradas e abrir canais nos terrenos inclinados para infiltração das enxurradas e assim evitar erosão e proteger os mananciais”, diz Luiz Gongaza.

No momento, as atividades de reflorestamento da vegetação ribeirinha estão acontecendo nos municípios de Lagoa Grande e Floresta. Na primeira, a recuperação da mata ciliar na sub-bacia do Riacho Serra Branca, com 22 hectares de mata, recebeu 12 mil mudas e mais de quatro mil metros de cerca.