Curso sobre plantas medicinais em Juazeiro (BA)

Para despertar as pessoas sobre o potencial agrícola das plantas medicinais, a Superintendência Regional da Codevasf em Juazeiro (BA) organizou o curso Produção de Plantas Medicinais durante a 20ª Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri). A palestra foi ministrada pelo professor da Unicamp Ilio Montanari Junior para uma platéia de 40 pessoas formada por agricultores, estudantes de agronomia, profissionais das ciências agrárias e outras áreas.

O palestrante tratou, entre outros temas, dos modos de cultivo das ervas medicinais e da comercialização dessas plantas e apresentou informações atualizadas da Farmacopéia Brasileira, código que define os parâmetros para a fabricação e o controle da qualidade de insumos e especialidades farmacêuticas. Conforme Montanari, a ideia do curso era mostrar como se pode produzir planta medicinal de maneira eficiente e ecologicamente correta. “Não se cultivam plantas medicinais no Brasil. A perspectiva no curso é passar isso como uma atividade agrícola, assim comotem a manga”, disse o pesquisador, fazendo referência à fruticultura.

O estudante de Engenharia Agronômica Anderson Góes destacou as contribuições do curso para sua formação acadêmica e profissional. “Vimos a teoria e tivemos a possibilidade de participar de práticas agrícolas. O curso de plantas medicinais é importante porque muitas dessas plantas a gente nem conhecia ou até conhecia sem saber o valor que elas têm. Está sendo muito bom conhecer para depois aplicar no exercício da profissão”, pontuou o universitário.

A possibilidade de aplicar os conhecimentos adquiridos no curso no exercício profissional também foi atestada pela economista doméstica Solange Ribeiro, que trabalha como extensionista rural na Superintendência Regional da Codevasf em Penedo, Alagoas. “Estou aproveitando a Feira para aprender um pouco mais. Com certeza esses conhecimentos serão assimilados no meu trabalho”, afirma Solange que participa do Projeto Amanhã desenvolvido pela Companhia. A extensionista conta que, por meio do Amanhã, são realizadas oficinas de plantas medicinais semeadas nas hortas comunitárias por jovens entre 16 e 27 anos. “Lá nós cultivamos ervas bastante comuns, como alecrim, capim cidreira, manjericão e hortelã”, informa.

Ao final do curso, o professor Ilio Montanari afirmou que os pequenos produtores também poderiam explorar comercialmente as plantas medicinais. “O que se tem é o boldo no quintal, a macela, o chambá que são plantas aqui da região Nordeste muito usadas na medicina popular, mas que não são cultivadas para o mercado”, frisou o docente.