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Ações em Minas Gerais

As ações de revitalização do rio São Francisco, no estado de Minas Gerais, compreendem uma série de atividades que vai do controle de processos erosivos ao monitoramento da água. Veja o que está sendo feito.
publicado: 06/10/2006 15h50, última modificação: 01/11/2022 14h09

A recuperação e o controle de processos erosivos e reflorestamento de nascentes, margens e áreas degradadas.
As ações estão sendo executadas em 15 sub-bacias localizadas em 17 municipios (Porterinha, Serranópolis, Janaúba, Capitão Enéas, Espinosa, Monte Azul, Glaucilãndia, Francisco Sá, Mato Verde, Gameleiras,Mamonas, Catutí, Coração de Jesus, São João do Pacuí, São João da lagoa, Montes Claros e São Francisco). São ações de implantação de bacias de captação de chuvas, implantação de terraços, barragens subterrâneas, obras de proteção de nascentes, de recuperação de matas ciliares, capacitação de agricultores, produção de mudas e limpeza do trecho de 14 km no rio Gorutuba a jusante da Barragem Bico da Pedra, nos municípios de Janúba e Nova Porterinha.
Monitoramento da água
Em convênio com o Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM), no valor de R$ 719 mil, estão sendo realizados monitoramento da águas em 40 pontos de coleta de águas superficiais e subterrâneas na região Norte de Minas Gerais (Bocaiúva, Capitão Eneas, Coração de Jesus, Brasília de Minas, Engenheiro Navarro, Espinosa, Francisco Dumont, Francisco Sá, Gameleiras, Jaíba, Janaúba, Jequitaí, Joaquim Felício, Juramento, Lagoa dos Patos, Matias Cardoso, Mirabela, Montes Claros, Pai Pedro, São João da Lagoa, São João da Ponte, Varzelândia, Serranópolis de Minas, Verdelãndia). O monitoramento objetiva levantar informações sobre a qualidade e quantidade águas nas bacias. Foram realizadas ações de campanhas de coleta de amostra de água e sedimentos e analises laboratoriais pelo Instituto de Gestão das Águas de MG.Cadastramento de usuários - Foi também realizada o cadastramento de 26 mil pontos de capitação nas regiões de Paraopeba, Paracatu, Januários e Janaúba, no qual foram investidos R$ 1,2 milhão.
Reflorestamento
Estão instalados 5 (cinco) viveiros de mudas de espécies nativas com capacidade de produção de 1 milhão de mudas nos municípios de Janaúba, Bocaiúva, Montes Claros, Porterinha e Monte Azul.
Estudos e obras
Numa primeira etapa, foram elaborados estudos de viabilidade técnica, econômica, social e ambiental da Hidrovia que terá, a princípio, a recuperação de 320 quilômetros de extensão, desde a cidade de Ibotirama (BA) até a região de Petrolina-Juazeiro. A Codevasf celebrou convênio com a Fundespa (Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas), ligada ao Instituto de Oceanografia da USP, que detém no Brasil a tecnologia necessária a execução das ações do Projeto Hidrovia do São Francisco, no valor de R$ 11,5 milhões.Segundo o presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias, a recuperação da Hidrovia do São Francisco terá influência direta na revitalização do rio, "pois as obras de derrocamento, de dragagem, de aprofundamento e de proteção das margens ampliarão a navegabilidade, oferecendo melhores e mais rápidas condições de logística para o escoamento da safra de grãos do Oeste da Bahia". Ele acrescentou que, se nada for feito no curto prazo, o rio apresentará, em poucos anos, trechos assoreados e em processo contínuo de alargamento a cada cheia anual.
Minas Gerais
O estado de Minas Gerais ganha destaque especial, pois a nascente do rio está no estado de Minas e 70% de toda extensão do rio encontram-se em seu território. O diretor da Área de Revitalização da Codevasf, Jonas Paulo, lembra que a área mais castigada do rio, pelos efeitos da mineração e despejo de dejetos sanitários, está nessa região, "boa parte dos problemas do rio fica em torno do estado de Minas Gerais, por isso, o tema merece uma atenção especial para a recuperação e recomposição das áreas degradadas, saneamento básico, educação ambiental, já em execução", afirma.
Para a revitalização, o convênio significa vida mais saudável, "é importante enfatizar que estamos diante de um momento importantíssimo para a revitalização, é uma das ações mais impactantes, o rio está saudável quando tem peixe e quando permite a navegabilidade, a intervenção irá permitir que a Hidrovia opere sem os pontos de estrangulamento, vamos fazer a recuperação da área e a própria natureza irá se recompor, com sua mata ciliar", garante.
Barragens de regularização
No período de 2002 a 2006, foram realizados estudos para implatação de barramentos nas bacias dos rios das Velhas, Paracatu e Urucuia. Os estudos identificaram os locais de barramento. Está sendo realizado monitoramento pluviométrico e fluviométrico visando a obtenção de uma série histórica. Os estudos são realizados com o objetivo de desenvolver ações que elevem o nível do rio São Francisco, preserve o habitat dos lagos marginais (berçário natural da procriação das espécies aquáticas nativas e recupere o potencial de navegação no trecho Pirapora/Juazeiro).
Peixamento
Os peixamentos com espécies nativas da bacia do São Francisco realizados pelas estações de piscicultura da Codevasf no estado de Minas Gerais foram centrados, principalmente, nos municípios de Itabirito, Jaceaba e Três Marias. A quantidade de alevinos utilizada para peixamento foi de 42,30 mil e as principais espécies utilizadas foram o pacamã, matrinchã, surubim e curimatã pacu.
Redes Hidrográficas
Implantação da rede hidrológica, nas bacias dos rios afluentes (Urucuia, das Velhas e Paracatu) para obtenção de uma série histórica hidrológica (fluviometria e pluviometria), variável importante na composição do projeto dos barramentos regularização dos rios Urucuia, Paracatu e Velhas.