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Exército Brasileiro entra na Revitalização do rio São Francisco
Foi apresentado, hoje, ao Exército Brasileiro, em Brasília, as ações de curto prazo voltadas à revitalização do rio São Francisco. A explanação técnica foi feita aos generais, comandantes e oficiais superiores da Diretoria de Engenharia, Obras e Construção (DEC), com a presença do presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias e do diretor da Área de Engenharia da Companhia, Clementino Coelho. O engenheiro naval da Fundespa (Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas), Joaquim Carlos Teixeira Riva, empresa que presta consultoria à Codevasf, explicou os principais pontos que devem ser trabalhados a partir da parceria com o Exército.
“Não há como fomentar o desenvolvimento da região, sem a revitalização do Rio”, garantiu. O Exército será o executor na realização de uma série de obras que irá trazer de volta a revitalização do rio. “O Exército é imprescindível nesse processo, queremos que a revitalização do rio São Francisco seja uma questão de segurança nacional”, explicou o diretor Clementino Coelho. Desde 1999, está sendo executada, uma série de ações e intervenções visando a recuperação físico-ambiental do leito fluvial. Rivas afirmou que cerca de 40 a 50 mil pessoas vivem em vilarejos nas margens do rio, mas não sabem como tirar benefícios sem danificar o rio. O presidente da Codevasf encerrou o evento enfatizando a importância da parceria com o Exército e da realizaçãoes de ações que irão permitir a revitalização do rio, além de contribuir para a melhora da qualidade de vida de centenas de pessoas. Na avaliação do general Avena, diretor do Departamento de Obras e Construção, o Exército tem tudo a ver com o projeto, “Temos toda competência, capacidade e interesse de atuar nessa área, além de ser uma área de interesse da segurança nacional e onde podermos colaborar com o desenvolvimento nacional, que faz parte da nossa destinação constitucional”.
Na explanação, o consultor Riva destacou os principais pontos do Projeto, apontando as considerações e conclusões dos estudos realizados, mostrando as condições das margens com o impacto da degradação ambiental sobre a navegação no rio. “As condições geomorfológicas e ambientais do leito deterioram-se ano após ano. Nossas conclusões encontram-se fundamentadas em visitas e levantamentos de campo realizados periodicamente. Levantamentos físicos (batimetria e topografia), sociais e econômicos”, explica.
Ainda, segundo Riva, “se nada for realizado no curto prazo, dentro de poucos anos o rio apresentará trechos assoreados e em processo de alargamento continuado, a cada cheia anual”. Para ele, “as intervenções propostas nestes trabalhos da Codevasf não se constituirão em impactos ambientais. Serão obras vinculadas a bioengenharia, amplamente testadas nos EUA, Europa e Japão, que têm por objetivo a revitalização ou renaturalização do rio. Em suma, serão intervenções para restauração do meio ambiente”.