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Êxito na cooperação Brasil-Espanha
A produção de vinhos de qualidade no vale do São Francisco, com base nas cultivares espanholas tintas Grenache e Tempranillo, foi o tema principal do seminário internacional Oportunidades de Cooperação e Negócios em Viticultura e Enologia Tropical. O evento foi promovido pela Codevasf e Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), como parte de um projeto que instituições mantêm com a Câmara de Comércio e Indústria de Navarra, Espanha, dentro do Programa Al-Invest III, financiado pela Comunidade Econômica Européia.
No seminário, o superintendente regional da Codevasf, em Petrolina (PE), Reginaldo Paes, destacou que a vitivinicultura, a fruticultura e a agricultura irrigada em geral são as principais oportunidades de investimentos e negócios nos vales do São Francisco e do Parnaíba. “A agricultura irrigada proporciona o desenvolvimento regional, a geração de divisas, por meio de exportações, a geração de empregos, a segurança alimentar, com a garantia e regularização do fornecimento interno de alimentos, o aumento na produtividade, a diversificação da produção, a diminuição dos desperdícios na agricultura e a melhoria da qualidade de vida”, ressaltou Reginaldo.
POTENCIAL RECONHECIDO
Investir em agricultura irrigada é viável por ter baixo custo de investimento: US$ 6 mil a US$ 10 mil por hectare (inclui sistemas de irrigação, mudas, infra-estrutura e estabelecimento da cultura). A região semi-árida, que abrange grande parte dos vales do São Francisco e do Parnaíba, apresenta um dos mais altos níveis de produtividade do mundo para culturas tropicais: até 2,5 colheitas/ano. O clima tropical e o regime de chuvas na região permitem a exploração da agricultura durante todo o ano.
A FIEPE reconhece o potencial para o agronegócio da região do vale do São Francisco. Foi o que disse Paulo Gustavo Cunha, vice-presidente da FIEPE para relações internacionais. “Com a globalização da economia e a prevalência da competitividade além fronteira, entendemos que o vale do São Francisco tem que utilizar o seu potencial, suas vantagens dirigindo-se para produtos que tenham a maior competitividade internacional que deverá estar baseado no conhecimento e na tecnologia incorporada ao produto. A FIEPE tem procurado colaborar com várias iniciativas para o Vale no sentido de apóia-lo na sua internacionalização. Estamos completando, agora em julho, um ano de programa relativo a uvas e vinhos envolvendo a Embrapa Laboratório de Microvinificação de Petrolina (PE) e com a Estação de Viticultura e Enologia de Navarra (EVENA) que tem o objetivo de testar a adaptação de uvas espanholas no vale do São Francisco”, finalizou Paulo Gustavo.