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Audiência pública sobre Barragem do Jequitaí

A Codevasf de Montes Claros (MG) realizou no dia 31 de outubro, no Ginásio Poliesportivo da cidade de Jequitaí(MG), audiência pública com as comunidades que serão atingidas pela Barragem do Jequitaí, atendendo exigência do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) para a concessão da licença prévia para o início das obras.
publicado: 01/11/2005 08h00, última modificação: 01/11/2022 14h04

A Codevasf de Montes Claros (MG) realizou no dia 31 de outubro, no Ginásio Poliesportivo da cidade de Jequitaí(MG), audiência pública com as comunidades que serão atingidas pela Barragem do Jequitaí, atendendo exigência do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) para a concessão da licença prévia para o início das obras.

Mais de mil pessoas dos municípios de Jequitaí, Claro dos Poções, Engenheiro Navarro, Francisco Dumont, Lagoa dos Patos, Bocaiúva e Várzea da Palma participaram do evento, demonstrando o interesse que o projeto tem despertado na região. A audiência pública foi presidida por João Paulo Sarmento, representando o secretário estadual de Meio Ambiente e presidente do COPAM, José Carlos Carvalho.

A Codevasf, como empreendedora, foi representada pelo diretor de Engenharia, Clementino Coelho. Os prefeitos José Humberto Ribeiro da Cruz, de Jequitaí, Nazareth de Castro, de Claro dos Poções, e Carlos Mário Pereira, de Francisco Dumont, também participaram da audiência, bem como os deputados estaduais Carlos Pimenta, Gil Pereira e Ana Maria Resende.

O diretor da Codevasf, Clementino Coelho, em seu pronunciamento, fez questão de demonstrar aos membros da Pastoral da Terra que o projeto só trará benefícios para a comunidade, pois enquanto apenas 206 proprietários deverão ser desapropriados para a construção da barragem, só de empregos diretos o projeto irá gerar cerca de 35 mil, com uma produção estimada em mais de 700 mil toneladas de alimentos.

Clementino ressaltou que a irrigação é a solução mais eficiente para o semi-árido e que os projetos da Codevasf no vale do São Francisco transformaram completamente a economia da região, citando como exemplo o pólo Petrolina-Juazeiro, hoje o maior produtor de frutas tropicais do país. “Um projeto de irrigação bem administrado é a primeira solução para o semi-árido. Um projeto de irrigação mais ou menos administrado é a segunda solução para o semi-árido. E um projeto de irrigação mal administrado é a terceira solução para o semi-árido”, acentuou o diretor de Engenharia, deixando claro que sem a irrigação não há solução para a região semi-árida do Nordeste.

O superintendente regional da 1ª SR, Anderson Chaves, acredita que após a audiência pública do dia 31, o COPAM irá fornecer a licença prévia para o Projeto Jequitaí, “pois ficou mais do que evidenciado o interesse da população atingida pelo início das obras”.