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Aqüicultura no Baixo Parnaíba

Nos dias 16 e 17 deste mês será realizado o 1º Seminário de Fortalecimento da Aqüicultura no Baixo Parnaíba em Porto das Barcas, Parnaíba, Piauí. O evento irá discutir temas relacionados ao diagnóstico da situação da aqüicultura, programas e ações do Ministério da Integração Nacional, capacitação de produtores, crédito como instrumento de fomento, políticas públicas, legislação ambiental, marketing e estratégias para o pescado produzido. Na ocasião, haverá o lançamento do “Pólo de Aqüicultura do Baixo Parnaíba” e inauguração do “Centro de Recepção e Comercialização de Caranguejos”, no município de Ilha Grande. O coordenador de Desenvolvimento Rural da Codevasf, Albert Bartolomeu, fala sobre o assunto.
publicado: 14/06/2005 15h50, última modificação: 01/11/2022 14h04

Nos dias 16 e 17 deste mês será realizado o 1º Seminário de Fortalecimento da Aqüicultura no Baixo Parnaíba em Porto das Barcas, Parnaíba, Piauí. O evento irá discutir temas relacionados ao diagnóstico da situação da aqüicultura, programas e ações do Ministério da Integração Nacional, capacitação de produtores, crédito como instrumento de fomento, políticas públicas, legislação ambiental, marketing e estratégias para o pescado produzido. Na ocasião, haverá o lançamento do “Pólo de Aqüicultura do Baixo Parnaíba” e inauguração do “Centro de Recepção e Comercialização de Caranguejos”, no município de Ilha Grande. O coordenador de Desenvolvimento Rural da Codevasf, Albert Bartolomeu, fala sobre o assunto.

COMO SERÁ O EVENTO?

ALBERT - O evento trata de empreendedorismo e esforços do governo federal e da iniciativa privada, visando à estruturação da cadeia produtiva de aqüicultura. Nós vamos encontrar desde centro de treinamento, que vai ser implantado em parceira com a prefeitura de Parnaíba, até unidades de produção da iniciativa privada e instalação de beneficiamento de pescados. É um esforço coletivo, de governo e iniciativa privada, visando a estruturar esse arranjo produtivo.

O QUE MUDA PARA A COMUNIDADE LOCAL?

ALBERT- Em termo de peixes, hoje, praticamente, toda produção é oriunda da pesca, da captura extrativista. O que está sendo proposto agora é que passe a ser criada uma produção industrial. O que se pretende com isso, a partir da estruturação desse Pólo, é fazer com que o estado do Piauí seja auto-suficiente, em termos de produção de pescados. Hoje, o estado é um grande importador de peixes. Praticamente mais de noventa por cento do consumo de pescados, por exemplo, da capital Teresina, vêm de outros estados. Com essa produção em nível local, espera-se que não só se suplante esse volume consumido, como passe a ser um exportador de pescados.

A EXPERIÊNCIA DA CODEVASF VAI AJUDAR NESSE PROJETO?

ALBERT- A Codevasf está credenciada a isso pela experiência que tem pela implantação de pólos de aqüicultura no vale do São Francisco. A gente já tem pólos bem estruturados, como o do Baixo São Francisco, que reúne mais de 600 produtores, em mais de 1.200 hectares de criação de peixes, em centenas de tanques instalados e reservatórios. Essa experiência da Codevasf é que está facilitando a implantação desse pólo. Claro, com a vocação natural que a região litoral do Piauí tem para a prática da aqüicultura.

ESSE PROJETO VAI SERVIR COMO PROJETO PILOTO DE DESENVOLIMENTO PARA OUTRAS REGIÕES?

ALBERT-Na verdade, é piloto porque estamos empreendendo os primeiros passos na região. A expectativa é de que a estruturação desse pólo ajude a deslanchar a atividade no País.

GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA. UM PROJETO COMO ESSE REPRESENTA O QUE PARA AS PESSOAS?

ALBERT-A expectativa nossa é de que até nos próximos dez anos a gente consiga gerar, pelo menos, dois mil e duzentos empregos diretos, com a atividade.

ESSE PROJETO, QUANDO COMEÇOU A SER DESENVOLVIDO, DEU MUITO TRABALHO, VOCÊS SE BASEARAM EM QUÊ? QUAIS FORAM OS ELEMENTOS QUE VOCÊS TINHAM?

ALBERT-Na verdade, já se partia de uma demanda local. Os produtores da região sempre tiveram vontade de criar peixes e viam o resultado do trabalho da Codevasf em outros estados, no vale do São Francisco. Então, com isso, o trabalho foi o de planejar esses projetos, como o Centro de Referência em Aqüicultura, no Parnaíba, que vem da necessidade de tecnologia, de prestação de serviço da cadeia produtiva, seja na área de nutrição do peixe, de reprodução, de genética, de patologia. Tudo tem que estar bem alinhavado para que o crescimento desse pólo aconteça de forma bem estruturada.

 ATENÇÃO:

Palestra – dia 16, às 11 horas, sobre o programa de Aqüicultura da Codevasf e sua experiência no vale do São Francisco.