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Resistência à sigatoka-negra

O projeto irrigado do distrito de Formoso, no município de Bom Jesus da Lapa, sudoeste do Estado, com 3.900 hectares plantados com banana, cultivadas por 1.164 produtores, é um dos maiores do País na plantação desta fruta. Anualmente, são cortadas uma média de 117 mil toneladas de banana da variedade prata, movimentando cerca de R$ 26 milhões.
publicado: 01/02/2005 07h50, última modificação: 01/11/2022 14h04

O projeto irrigado do distrito de Formoso, no município de Bom Jesus da Lapa, sudoeste do Estado, com 3.900 hectares plantados com banana, cultivadas por 1.164 produtores, é um dos maiores do País na plantação desta fruta. Anualmente, são cortadas uma média de 117 mil toneladas de banana da variedade prata, movimentando cerca de R$ 26 milhões.

A fruticultura tem papel significativo na economia da região, respondendo pela geração de sete mil empregos diretos e 14 mil indiretos. Mas, algo preocupa os produtores envolvidos com o projeto de fruticultura de Formoso: a sigatoka-negra, principal inimigo da bananeira e que já atingiu à maioria das plantações do País, embora esteja sendo mantida longe dos bananais da Bahia por medidas preventivas.

No fortalecimento desta prevenção, os produtores estarão conhecendo amanhã, dia 1º de fevereiro, durante um seminário, novas cultivares da Musa paradisíaca L, nome científico da banana. O principal palestrante, professor Sérgio Donato, da Escola Agrotécnica de Guanambi, vai falar sobre variedades resistentes ao fungo da sigatoka-negra.

A promoção é da Secretaria Municipal de Agricultura, com apoio da Codevasf (2ªSuperintendência), Distrito de Irrigação do Projeto Formoso e Magna Engenharia. Segundo o secretário municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Bom Jesus da Lapa, engenheiro-agrônomo Adalgício Costa, além da introdução de variedades resistentes à sigatoka-negra, “outras medidas preventivas estão sendo adotadas através de uma legislação específica, criada pelo governo estadual, para minimizar os efeitos desta praga devastadora”.

Na opinião da engenheira-agrônoma Cássia Barbosa, da Magna Engenharia, empresa contratada pela Codevasf e responsável pela assistência técnica no projeto, é necessário que os produtores adotem tecnologias e invistam em novos conhecimentos. “Para que saibam corrigir ou eliminar as distorções técnico-produtivas de administração rural, processamento e comercialização”, completa. E o seminário, diz ela, tem o objetivo de prevenir, ao buscar novas variedades resistentes para implantação na região.

A banana é a principal cultura do projeto de Formoso, mas também são produzidos, embora em menor escala, manga, uva, coco, pinha e atemóia, ampliando a área cultivada para 12.100 hectares irrigados.

A maior parte das frutas desta parte do vale é produzida no distrito Formoso, que, apesar de localizado na margem esquerda do Rio São Francisco, é irrigado com água do Rio Corrente, um dos seus maiores afluentes.

Com oito mil habitantes, o distrito de Formoso tem hoje cinco escolas de nível fundamental e uma de nível médio, um posto de saúde e duas agrovilas. São 27 estações de bombeamento de água, 82,72 km de canais, 119,89 km de drenos e 288,82 km de estradas, compõem, dentre as outras, a estrutura coletiva do projeto.

Em toda a região sudoeste, desde Guanambi até Barreiras, são cerca de 35 mil echtares plantados com banana, segundo dados da Codevasf (aproximados). A produção média do São Francisco é de 84 mil toneladas (2003) e o valor de comercialização, também em 2003, foi de R$ 22,727 milhões.

Produtores – Da família botânica Musaceae, a banana é uma das frutas mais consumidas no mundo. Com a reputação de combustível para o vigor humano, é fonte natural de energia por conter diversos carboidratos cuja combinação produz gradualmente seus efeitos benéficos sobre o corpo.

No Brasil, é encontrada em todos os Estados, destacando-se, na produção, os do Nordeste e do Sudeste. Com pouca diferença das propriedades químicas de uma variedade para outra, sua composição básica é de potássio, ferro, sódio, magnésio e as vitaminas A, C, B1, B2, B5.

 Serviço O Seminário Cultivares de Banana Resistentes à Sigatoka-Negra será amanhã, às 8 horas, no auditório do Projeto Formoso. Mais informações pelos telefones (77 9991-1365, (77) 481-4236 e (77) 498-4256.