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Codevasf faz balanço positivo de 2004

Entrevista publicada no Jornal Meio Norte, 03.01.05. Além de apresentar um balanço positivo da empresa no ano que passou, o presidente da instituição, Luiz Carlos Everton de Farias, afirma que 2005 será ainda melhor que 2004.
publicado: 03/01/2005 15h10, última modificação: 01/11/2022 14h05 expirado

Entrevista publicada no Jornal Meio Norte, 03.01.05. Além de apresentar um balanço positivo da empresa no ano que passou, o presidente da instituição, Luiz Carlos Everton de Farias, afirma que 2005 será ainda melhor que 2004.

A Codevasf - Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba - investiu R$ 30 milhões no Piauí. Foram seis pontes, mais de 120 quilômetros de estradas vicinais, energia elétrica para 17 municípios, construção de adutoras, açudes, barragens e organização de sistemas produtivos em piscicultura, caprinocultura e apicultura. Além de apresentar um balanço positivo da empresa no ano que passou, o presidente da instituição, Luiz Carlos Everton de Farias, afirma que 2005 será ainda melhor.

Jornal Meio Norte - Que balanço a Codevasf faz de sua presença no Piauí em 2004?

Luiz Carlos Everton de Farias - É um balanço extremamente positivo, considerando que nós gastamos tudo o que estava disponível, ou seja, executamos 100% do orçamento destinado ao Piauí. Todos os R$ 30 milhões alocados pela Codevasf ao estado foram investidos conforme o planejado. Esse é um dado recorde, muito positivo e significa não só que concluímos diversas obras que estavam inacabadas, mas que implantamos obras que vão ser revolucionárias no estado.

JMN - Quais são esses projetos e obras?

LCEF - São muitos. Como exemplo posso citar o Projeto Marrecas, em Santa Rosa, que está promovendo a introdução efetiva da cultura da uva no estado do Piauí e vai atrair o setor privado para o semi-árido do Piauí. As variedades de uva são testadas, pesquisadas pela Embrapa o que dará segurança ao investidor. Há também obras que já foram iniciadas, como a ponte sobre o rio Parnaíba, ligando Luzilândia a São Bernardo, um anseio da população há mais de 30 anos que foi iniciada este ano e vai ser concluída em 2005. Temos muitos outros exemplos de continuidade de obras, como a barragem de Tingüis e implantação de infra-estrutura que estão sendo tocadas com a parceria do governo estadual, como a barragem de Buriti dos Lopes - uma necessidade dos irrigantes daquela área, que todos os anos viviam à mercê das enchentes.

JMN - Como têm sido feitas essas parcerias com o Governo do Estado?

LCEF - O Governo do Piauí hoje é um grande parceiro da Codevasf e tem sido de fundamental importância para nós, à medida em que amplia nossa capacidade de execução de obras e projetos, oferecendo contrapartidas em diversos convênios firmados com a Codevasf. É importante frisar que a parceria entre a Codevasf e o governo do estado é especial. Nos outros estados em que atuamos também há parcerias extremamente importantes, constituídas de forma pontual, específica. No caso do Piauí, nossa parceria é mais ampla, vai desde obras de infra-estrutura até a implantação de projetos com Arrranjos Produtivos Locais.

JMN - O que são Arranjos Produtivos Locais e como eles podem contribuir para o desenvolvimento do Estado?

LCEF - Numa definição rápida, Arranjo Produtivo Local (APL) é a união de empreendedores que desenvolvem as mesmas atividades produtivas, em um mesmo espaço geográfico e com os mesmos padrões de identidade cultural. Quando se unem, elas podem, de modo articulado, acessar mecanismos de aprendizagem, apoio empresarial, pesquisa, estratégias empresariais e financiamento oferecidos por intituições públicas e privadas. Nós conseguimos viabilizar as diversas ações na piscicultura, com a implantação de tanques-redes no estado, estamos implantando uma fazenda-modelo em São João do Piauí, incentivando a ovinocaprinocultura que servirá de vitrine, configurando um atrativo aos investidores. Na área de capacitação, por exemplo, temos o Projeto Amanhã, que capacita jovens de 16 a 26 anos e os prepara para suceder os diversos produtores que estão numa faixa de idade já avançada.

JMN - O vale do Parnaíba na área de atuação da Codevasf há apenas dois anos. O que já é possível dizer em termos de melhoria das condições sócio-econômicas da região?

LCEF - Na verdade, até o ano 2000, quando a Codevasf chegou ao Piauí, os valores aplicados no vale do Parnaíba eram insignificantes no cômputo geral do orçamento da empresa - nada além de 3% a 5% do total que tínhamos. Em 2004, houve uma reviravolta - nós aplicamos R$ 30 milhões, o que representa 15% do orçamento global da Codevasf. Se considerarmos que o Piauí não tem, ainda, grandes projetos como os existentes no vale do São Francisco - lá temos projetos de até 70 mil hectares - podemos considerar que as ações desenvolvidas aqui são muito significativas. Estamos também marcando nossa presença no Maranhão, com o investimento de R$ 4,3 milhões para levar água a 8,5 mil famílias nos municípios de Caxias e Coelho Neto.

JMN - Como a presença da Codevasf no Piauí pode se refletir na geração de emprego para a população do Estado?

LCEF - A nossa experiência no vale do Parnaíba está sendo uma experiência inovadora. Queremos, aqui, trabalhar com projetos que tragam resultados práticos para a comunidade, que possam alavancar a entrada da iniciativa privada, de investidores. Vamos, por exemplo, viabilizar dois grandes projetos que estavam paralisados - Lagoa do Piauí e Alvorada do Gurguéia, que vão ser colocados em produção. Há também inúmeros projetos que estão sendo tocados em todo o estado. Isso gerará em torno de 20 mil empregos diretos e 80 mil indiretos, o que significa a criação de 100 mil novas ocupações.

JMN - Quais são as perspectivas para 2005?

LCEF - Estamos com a perspectiva de uma ampliação significativa nos recursos orçamentários da Codevasf. Entre recursos próprios e recursos oriundos das emendas de parlamentares no Congresso Nacional poderemos chegar a R$ 90 milhões. Nós já estamos identificando com o Governo do Estado quais são os projetos prioritários e creio que será um ano que vai ter um resultado bastante positivo: concluiremos diversas obras que estão em andamento e iniciaremos novas. Temos, por exemplo, grandes reservatórios d’água, como Salinas e Jenipapo, nos quais será possível viabilizar grandes projetos produtivos.