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DO ESTADO DE MINAS: PRESERVAÇÃO EM DEBATE

publicado: 05/10/2004 15h45, última modificação: 01/11/2022 14h00

Professores e alunos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) discutem hoje a situação do rio São Francisco com dois especialistas que conhecem a fundo as condições da bacia: os ambientalistas Adriano Martins e Geraldo Gentil Vieira. Os dois já percorreram o Velho Chico, verificando de perto todos os seus problemas.

Outro participante é Luiz Lobo, representante da Agência Nacional de Águas (ANA). Na última segunda-feira, foram comemorados 503 anos de descoberta do São Francisco. O debate faz parte da programação do V Encontro Regional de Geografia, aberto anteontem à noite, na sede da Universidade. Adriano Martins é coordenador da Organização Não-Governamental (ONG) Centro de Assessoria do Assuruá, do município de Gentil do Ouro, situado às margens do rio São Francisco, na Bahia.

Ele fez uma peregrinação da nascente à foz do Velho Chico, durante as comemorações de 490 anos de descobrimento do rio, em 1994, juntamente com o frei Luiz Flávio Capio, que escreveu um livro sobre a viagem. Geraldo Gentil Vieira, que é assessor técnico da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF), percorreu os 2,7 mil quilômetros de extensão do rio em 2001.

Ele organizou a Expedição Américo Vespúcio, documentando todas formas de degradação da bacia, além da sua riqueza cultural. No debate na Unimontes, que terá como tema “Rio São Francisco, o vale, a vida e as perspectivas”, Geraldo Gentil vai enfocar o que viu durante a Expedição Américo Vespúcio. Ele adianta que abordar também a necessidade recuperação da bacia. “A revitalização precisa ser feita em caráter urgente.

Aliás, ela deveria ter começado ontem”, opina o ambientalista, lembrando que se trata de um processo contínuo, que as intervenções em prol da melhoria das condições da bacia deverão ser feitas durante vários anos. O replantio de matas ciliares, tratamento de esgotos e destinação correta do lixo das comunidades ribeirinhas são as ações mais urgentes para a recuperação da bacia, na opinião de Geraldo Gentil Vieira.

Por outro lado, ele destaca que também se faz necessário o combate à erosão, que vem contribuindo para o assoreamento, uma das principais ameaças à vida no Rio da Unidade Nacional. Segundo o ambientalista, o processo erosivo afeta, inclusive, as áreas da nascente do rio São Francisco, no município de São Roque de Minas, na região Oeste do Estado.