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Peixamentos contribuem para desenvolvimento da Lagoa dos Tambaquis, em Sergipe

Peixamentos contribuem para desenvolvimento da Lagoa dos Tambaquis, em Sergipe
Ações de repovoamento realizadas pela Codevasf contribuíram para o desenvolvimento de um importante destino turístico de Sergipe: a Lagoa dos Tambaquis. Em fevereiro, foi realizado mais um peixamento na localidade, com a soltura de 100 mil alevinos de tambaqui. Idealizados como ação de saúde pública na lagoa, os peixamentos da Codevasf viabilizaram o crescimento do turismo e da economia ao longo dos anos.
A Codevasf realiza atualmente dois peixamentos por ano na lagoa, localizada no litoral do município de Estância. A iniciativa tem o objetivo principal de controlar a propagação da esquistossomose, popularmente conhecida como doença do caramujo. O tambaqui é um predador natural do caramujo que hospeda a doença e o seu uso para o controle da esquistossomose é considerado um método de baixo impacto ambiental.
As ações são realizadas em parceria com a prefeitura de Estância. O último peixamento, realizado no dia 14, teve a participação do superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Jefferson Costa, e do prefeito André Graça, além da presença de estudantes da rede pública municipal.
O superintendente regional da Codevasf Jefferson Costa afirma que os peixamentos na Lagoa dos Tambaquis são uma ação prioritária. “Temos feito esse trabalho periodicamente, contribuindo para a preservação ambiental, a promoção da saúde e a geração de renda naquela região. Os peixamentos possibilitam que a lagoa fique livre dos casos de esquistossomose”, declarou.
O prefeito de Estância, André Graça, ressaltou a importância da parceria com a Codevasf para a realização desse trabalho. “No início do ano fizemos a solicitação e já fomos atendidos. Foi mais um peixamento para desenvolver e proteger a nossa lagoa, por isso somos muito gratos. A lagoa é um patrimônio de todos e tem que ser bem cuidada”, disse.
Turismo
Em 2001, a Codevasf realizou as primeiras ações de repovoamento da lagoa usando tambaquis. A lagoa, formada por água da chuva, apresentava altos índices de infestação da esquistossomose, devido às suas características. E esse trabalho resultou na diminuição de casos da doença, possibilitando que, poucos anos depois, a lagoa fosse explorada comercialmente, com o crescimento de bares e restaurantes às suas margens.
No ano passado, o Governo de Sergipe sancionou a publicação da Lei Estadual nº 9564/2024, que instituiu a Rota Turística “Lagoa dos Tambaquis”. O objetivo é potencializar os investimentos em um dos principais atrativos do estado, que gera cerca de 300 empregos e recebe mais de 80 mil pessoas por ano, atraídas por experiências como alimentação dos tambaquis, banhos em águas cristalinas e prática de esportes aquáticos.
A turista Daiara Santos frequentava um dos restaurantes locais no momento da realização do peixamento e elogiou a iniciativa. “A Lagoa dos Tambaquis é um lugar muito bonito e diferenciado dentro do estado de Sergipe. Por isso é muito importante esse trabalho de colocar mais peixes para ajudar a preservar a lagoa”, afirmou.
Os alevinos utilizados nos peixamentos são produzidos no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume, unidade de produção e pesquisa da Codevasf localizada em Neópolis. O centro integrado produz espécies nativas do São Francisco e também espécies de interesse econômico como a tilápia e o tambaqui.