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Codevasf promove debate sobre combate ao assédio moral e sexual no serviço público

publicado: 24/10/2023 18h43, última modificação: 25/10/2023 12h30

Palestra assedio 01Cerca de 80% das vítimas não denunciam o assédio moral ou sexual, e o assédio ocorre também de forma remota pelas novas configurações do trabalho. Essas são algumas das questões discutidas na primeira edição do projeto “Consciência para Mudança”, promovido nesta terça-feira (24) pela Codevasf, na sede da empresa, em Brasília (DF). O tema do evento foi exatamente o combate ao assédio no serviço público com dois especialistas no tema, o corregedor da Procuradoria-Geral Federal da Advocacia-Geral da União (AGU), Gilberto Waller Júnior, e a diretora do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal da Controladoria-Geral da União (CGU), Carla Rodrigues Cotta.

A abertura do evento foi realizada pelo diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira. Ele apresentou os esforços da empresa pública para promover o aperfeiçoamento das ações da Companhia por meio do fortalecimento de uma cultura de integridade baseada nos valores da empresa, como ética, transparência, valorização dos colaboradores, foco na sociedade e excelência.

“Nosso esforço é sempre para melhorar o ambiente de trabalho, reforçar a transparência pública e aproximar a Codevasf dos órgãos de controle. Esse é o terceiro evento em que estamos discutindo temas muito presentes na realidade atual, como conflitos de interesse e discriminação no trabalho. Nossos canais de denúncia estão ativos e são totalmente independentes. Hoje temos toda a estrutura de Governança da empresa implantada e em pleno funcionamento”, apontou o diretor-presidente.

Para os palestrantes, é consenso que a prevenção e a educação são os melhores caminhos para o combate ao assédio moral e sexual, mas sem a repressão ao comportamento assediador não haverá mudança de comportamento.

“Hoje temos comportamentos que a sociedade não aceita mais, entre eles o assédio, que não são toleráveis nem em ambientes públicos nem em privados. Por isso, eventos como esse servem para promover uma mudança de comportamento”, afirmou Gilberto Waller Júnior. Para promover a mudança de comportamento, o corregedor da AGU ainda destaca que são necessários alguns alicerces, entre eles a norma para guiar o comportamento, a educação para que atitudes não aceitas deixem de existir e a sanção que promove a adaptação do comportamento a partir do medo de ser sancionado.

Já Carla Rodrigues Cotta trouxe ao debate definições para o que seria caracterizado como assédio moral e sexual e abordou como deve ser a atuação da administração pública para promover o combate ao assédio. A atuação inclui a prevenção, o envolvimento das chefias na detecção do problema, a repressão com processos ágeis e com maior nível de prioridade e o monitoramento do comportamento do assediador e dos impactos nas vítimas.

Na avaliação da diretora da CGU, deve haver uma forte atuação da administração pública no enfrentamento do assédio. “Temos dados que apontam que 80% dos casos de assédio não são denunciados. Para mim, a gestão deve atuar mesmo que ainda não ocorra a denúncia. O mesmo ocorre com a possível vítima, que deve reunir provas como gravações, anotações e ainda informar aos órgãos competentes”, disse.

Palestra assedio 02Durante quase três horas de palestras e debates, empregados e empregadas da Codevasf, colaboradores e participantes de diversos estados do país estiveram presentes no local do evento ou interagiram por meio da transmissão da atividade no canal da Companhia no YouTube.

Uma das participantes é Maria Santana Franco, secretária da Assessoria Jurídica da Codevasf. Ela trabalha na empresa há 41 anos e disse que no início da carreira presenciou a prática do assédio no serviço público. “Palestras como essa são muito importantes para nós, empregados, pois muitas vezes sofremos assédio e ficamos com medo de denunciar. O medo faz com que as pessoas fiquem em dúvida. Agora sabemos que temos um espaço para denúncias. Temos que ter coragem de denunciar”, afirmou.

Projeto “Consciência para Mudança”

As palestras sobre o combate ao assédio moral e sexual são as primeiras iniciativas do projeto “Consciência para Mudança” organizado pela Companhia para a promoção de uma série de eventos e ações para tornar o ambiente organizacional mais saudável, seguro e produtivo.

A primeira edição do projeto foi realizado pela Ouvidoria da Codevasf em conjunto com os demais integrantes do Comitê de Integridade da Companhia: Secretaria de Gestão de Integridade, Riscos e Controles Internos, Auditoria Interna, Ouvidoria, Comissão de Ética e Integridade, Corregedoria, Gerência de Gestão de Pessoas e Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional. O evento contou também com o apoio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (Cipa) da Sede da empresa.

Todas as atividades dos debates foram transmitidas pelo canal da Codevasf no YouTube (https://www.youtube.com/CodevasfOficial). Quem não pode acompanhar a transmissão, pode acessar o vídeo do evento, que será disponibilizado no canal.