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Codevasf investe na instalação de unidade de beneficiamento do caju em Cícero Dantas, no agreste baiano
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) vai implantar uma unidade de beneficiamento do caju no município de Cícero Dantas, no agreste baiano. A obra será realizada no distrito de São João da Fortaleza e tem o objetivo de ampliar o aproveitamento do produto, que atualmente se restringe à castanha. Cerca de 500 famílias da comunidade e cidades vizinhas devem ser beneficiadas direta e indiretamente com o empreendimento.
O investimento do governo federal, por meio da Companhia, é da ordem de R$ 223,9 mil, oriundos de emenda parlamentar ao Orçamento Geral da União, e representa a primeira etapa do empreendimento. Após a conclusão da obra, com prazo de 180 dias, a unidade será equipada e os produtores serão capacitados para atuação no negócio voltado para o desenvolvimento sustentável local e geração de emprego e renda para a comunidade.
O chefe da 6ª Unidade de Desenvolvimento Territorial (UDT) da Codevasf em Juazeiro (BA), Everaldo de Andrade, conta que a comunidade foi ouvida durante todo o planejamento do projeto. “Conversando com eles, identificamos que queriam produzir a cajuína a partir do pseudofruto do caju, que é a parte carnosa”, afirma. Ele também explicou que não se trata do produto gaseificado que costuma ser encontrado nos supermercados. “A cajuína é considerada por muitos até uma iguaria, e tem um bom nicho de mercado, ainda pouco explorado”, concluiu Andrade.
Essa será uma unidade pioneira na área de abrangência da 6ª Superintendência da Codevasf em Juazeiro. A Companhia já atua no incremento da cajucultura nos estados do Piauí e do Maranhão. Como a safra do caju coincide com a entressafra de muitas culturas, o resultado da ação é o aumento da geração de renda para a população local.
Segundo o fundador da Associação Comunitária São João Batista (ASJB), José Cláudio Almeida Silva, a obra será de grande importância para a comunidade. “A demanda é muito grande. São toneladas e mais toneladas de castanha colhidas por ano e o caju vai para o lixo. Há muito tempo precisávamos de uma estrutura como essa”, explica. A unidade de beneficiamento de caju de Cícero Dantas deve ser entregue ainda neste ano.