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Ministro do Desenvolvimento Regional e diretor-presidente da Codevasf assinam contratos do Baixio de Irecê
A economia do Médio São Francisco, na Bahia, ganhará reforço com o início da operação das etapas 1 e 2 do Projeto Público de Irrigação Baixio de Irecê, localizado entre os municípios baianos de Xique-Xique e Itaguaçu. Nesta sexta-feira (22), o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Moreira, assinaram os contratos de concessão que autorizam a ocupação dos lotes e o início da operação do projeto de irrigação.
A previsão é de que com a ocupação desses lotes sejam gerados cerca de 25 mil empregos diretos e indiretos a partir de um investimento de cerca R$ 1 bilhão realizado pela Codevasf até o momento. Com a conclusão das nove etapas do projeto, a região terá uma oferta de 120 mil empregos diretos e indiretos.
A solenidade foi realizada na Estação de Bombeamento Principal (EBP) do projeto de irrigação e contou com a presença de agricultores que ocuparão os lotes, do diretor da Área de Infraestrutura e Desenvolvimento Integrado da Codevasf, Sérgio Costa, e do superintendente regional da Companhia em Bom Jesus da Lapa, Harley Nascimento, além de parlamentares e autoridades locais.
O ministro Gustavo Canuto destacou na cerimônia desta sexta-feira o estímulo ao desenvolvimento regional associado ao projeto de irrigação. “Estamos aqui novamente para trazer desenvolvimento, progresso e oportunidade. Como foi bem dito, ninguém aqui quer esmola, ninguém quer assistência, mas condições para o seu sustento e [para] fazer por onde. É com isso que o governo federal se preocupa: em dar condições. O sertanejo é antes de tudo um forte, e é isso que a gente precisa fazer: usar essa fortaleza que existe em cada um de vocês”, afirmou.
O presidente da Codevasf celebra o fortalecimento da economia regional. “O Projeto Baixio de Irecê promoverá desenvolvimento e será indutor de investimentos na região do Médio São Francisco. Devem surgir 25 mil empregos diretos e indiretos em futuro próximo. Haverá ainda aumento na arrecadação de impostos, que poderão ser convertidos em benefícios para a própria população em áreas como infraestrutura, educação e saúde”, destaca Marcelo Moreira.
A assinatura do contrato deu novo ânimo ao agricultor Juraci Souza. Filho de produtores rurais, ele agora planeja o início da produção em seu próprio lote. “Eu não tenho palavra para expressar a grandiosidade que é a entrada em operação do projeto Baixo de Irecê. Num momento como esse, você poder produzir é maravilhoso. Nós temos água, temos solo e um clima favorável e faltava apenas esse ponta pé do Governo Federal. Agora vamos inciar o plantio o quanto antes para colher o mais rápido possível”, revela.
Projeto Público de Irrigação Baixio de Irecê
O Projeto Público de Irrigação Baixio de Irecê está sendo implantado pela Codevasf em nove etapas, numa área de 93,5 mil hectares, sendo cerca de 48 mil hectares de área total irrigável. Na solenidade desta sexta-feira, foram entregues mais de 11 mil hectares de área irrigável das etapas 1 e 2 do projeto – a previsão é de que a ocupação dessas áreas seja concluída até 2022. Os lotes entregues foram disponibilizadas por meio de seleção pública. Os habilitados assinaram o contrato de concessão para que possam iniciar a ocupação dos lotes e a produção agrícola.
Na área da etapa 1 do projeto de irrigação, foi autorizada a ocupação de 163 lotes com tamanhos de entre 6 e 30 hectares, destinados a pequenos irrigantes, 16 lotes empresariais e um lote para cooperativa. Na área da etapa 2, foi liberada a ocupação de 22 lotes com tamanhos aproximados de 1.300 a 5.800 hectares, que serão ocupados pela empresa Irriga Bahia, vencedora da licitação para concessão de direito real de uso (CDRU), e duas unidades com pouco mais de 600 hectares.
A previsão da Codevasf é de que a exploração agrícola se concentre na fruticultura, com produção de banana, mamão, goiaba, melão e limão nos lotes dos pequenos produtores. Nos lotes médios e grandes, a perspectiva é de produção de grãos, como soja, milho, sorgo e feijão. A produção estimada anual é de aproximadamente 16 mil toneladas de frutas e 83 mil toneladas de grãos nas áreas liberadas para ocupação.
Dois setores da etapa 1 já estão aptos a iniciar o processo produtivo: o setor 1, com 318 hectares, e o setor 4, com 282 hectares. A Codevasf estima que, quando estiver em plena produção, as duas etapas entregues movimentem por ano na região cerca de R$ 140 milhões em valor bruto de produção (VBP). Com a implantação de todas as nove etapas, o VBP deverá chegar a R$ 500 milhões.
A Companhia também autorizou a realização de obras complementares para distribuição de energia, montagem de estações de recalque e melhorias em vias de acesso, como na estrada de interligação da rodovia BA-052 ao projeto de irrigação, com extensão de 42 quilômetros.