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Museu do rio São Francisco

O destino do estaleiro da Companhia de Navegação do São Francisco (Franave), na Ilha do Fogo, que fica entre as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), foi discutido com a participação da Codevasf
publicado: 25/02/2008 10h33, última modificação: 01/11/2022 14h13


O destino do estaleiro da Companhia de Navegação do São Francisco (Franave), na Ilha do Fogo, que fica entre as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), foi discutido na sexta-feira, 22, pelo prefeito de Juazeiro, Misael Aguilar, com o diretor da Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas, da Codevasf, Jonas Paulo Neres, o liquidante da Franave, General Orlando Pamplano, e representantes da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), Sindicato dos Trabalhadores, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, da prefeitura de Petrolina e os superintendentes regionais da Codevasf de Juazeiro e Petrolina.

A Franave, que foi dissolvida em janeiro de 2007 depois de ter sido incluída no Programa Nacional de Desestatização, está em processo de liquidação e nessa reunião foi sugerido que o prédio fosse transformado em um museu do rio São Francisco. Por haver outras sugestões para ocupação do local, foi formado um grupo de trabalho que vai discutir as propostas de utilização do estaleiro. Até a primeira quinzena de março, um novo encontro deve ser agendado para que o grupo apresente alguma posição sobre o local de instalação do museu.

O prefeito Misael Aguilar entende que o estaleiro deve ser preservado, principalmente por não existir outro no vale do São Francisco, e defende que o museu seja instalado na outra parte da Ilha do Fogo, que já tem um apelo folclórico, como as lendas, e por ser mais apropriado para abrigar todo esse acervo cultural da história da navegação. "Participar dessa reunião foi muito oportuno. Posicionei-me como barranqueiro do São Francisco para defender que o prédio da Franave seja aproveitado em capacitações como as do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), por exemplo, para servir às duas cidades, pois o museu do São Francisco nós já temos e fica ao lado da Praça Imaculada Conceição", explica.

O prefeito acrescenta ainda que qualquer empresa que venha operar a hidrovia do São Francisco vai precisar de um local para construir suas embarcações. "O único local adequado que tem no rio São Francisco é aqui na Ilha do Fogo que já possui acesso dos dois lados do rio e profundidade que permite a entrada e saída de embarcações", reforça Aguilar.

O diretor da Área de Revitalização disse que a construção do Museu do São Francisco está centrada na preservação da história da navegação e do resgate do patrimônio material e imaterial. "Isso significa a revitalização da alma do São Francisco", ressalta o diretor da Codevasf, destacando que com o processo de extinção da Franave, diversas peças próprias da navegação estão sendo disponibilizadas. "Temos interesse em resgatar esse acervo. Esperamos que as propostas do grupo de trabalho sejam as melhores para a localização do museu", expõe.

Para o liquidante da Franave, General Orlando Pamplano, esta primeira etapa da discussão sobre o destino do prédio da Franave teve encaminhamentos satisfatórios. "Como uma reunião preliminar, as nossas expectativas sobre a destinação do acervo histórico e cultural da empresa foram atendidas com a criação do grupo de trabalho que vai definir o melhor procedimento", destaca.

O advogado do Sindicato dos Trabalhadores, Augusto Desterro, representante dos funcionários da Franave, considerou positiva os encaminhamentos da reunião. "O grupo de trabalho vai ter um representante do Sindicato que vai colocar a posição dos trabalhadores no que diz respeito à memória técnica da empresa", disse.

Fonte: Assessoria de Comunicação Prefeitura Municipal de Juazeiro

Foto: Gilson Pereira