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Técnicos angolanos recebem diploma da Codevasf e esperam impulsionar aquicultura em seu país

Os dez técnicos angolanos que foram capacitados durante seis meses pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) receberam nesta segunda (28) os diplomas de conclusão do curso de aquicultura e piscicultura. A solenidade contou com a presença do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, do superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Paulo Viana, e de representantes da Embaixada da República de Angola e do Instituto de Desenvolvimento da Pesca Artesanal e da Aquicultura de Angola (IDPAA).
publicado: 28/01/2013 19h41, última modificação: 06/10/2023 17h11

Os dez técnicos angolanos que foram capacitados durante seis meses pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) receberam nesta segunda (28) os diplomas de conclusão do curso de aquicultura e piscicultura. A solenidade contou com a presença do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, do superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Paulo Viana, e de representantes da Embaixada da República de Angola e do Instituto de Desenvolvimento da Pesca Artesanal e da Aquicultura de Angola (IDPAA).


Ao retornarem para seu país, os técnicos irão atuar nos dois centros de recursos pesqueiros recentemente construídos pelo IDPAA, localizados nas províncias de Malanje e Benguela. O órgão também planeja construir um terceiro centro pesqueiro na província de Cabinda. As espécies que deverão ser produzidas inicialmente são a tilápia e o bagre, com a proposta de unir a agricultura à produção de peixes. Um dos primeiros desafios dos técnicos será solucionar a limitação de ração para a criação de peixes.

O presidente da Codevasf, Elmo Vaz, falou sobre o papel da companhia no auxílio ao país africano por meio do acordo firmado no ano passado. “A piscicultura é uma das atividades mais nobres desenvolvidas pela Codevasf, seja por seu caráter social, ambiental ou científico. É um orgulho muito grande podermos contribuir com a República de Angola e podermos ajudar esse país a estruturar sua piscicultura e aquicultura familiar, desde a reprodução até a comercialização”, afirmou.

O conselheiro cultural da Embaixada de Angola, José Carlos Lamartine, parabenizou os profissionais da Codevasf pelo empenho demonstrado durante a capacitação dos técnicos. “Temos certeza de que a experiência dessa empresa em sua vasta atuação no semiárido nordestino foi de fundamental importância para o sucesso dessa capacitação. Viva a amizade entre Angola e o Brasil”, declarou Lamartine, que representou o embaixador Nelson Manuel Cosme.

O diretor geral do Instituto de Desenvolvimento da Pesca Artesanal e da Aquicultura de Angola (IDPAA), Nkosy Luyeye, ressaltou a importância da troca de conhecimento entre os dois países. “A piscicultura em Angola ainda está em fase embrionária, enquanto o Brasil possui grande experiência na área. Com a formação de quadros e o início da operação dos centros, penso que haverá um grande desenvolvimento, e a nossa ideia é poder chegar ao estágio em que está hoje o Brasil”, declarou.

O técnico Samuel Vieira, da província de Luanda, considerou positivo o aprendizado ao longo dos últimos seis meses. “A experiência adquirida no Brasil foi muito importante para que a gente possa desenvolver essa atividade em Angola. Costumo dizer que já nos consideramos pequenos piscicultores. Cumprimos o nosso objetivo, que era a capacitação de técnicos nessa área”, afirmou Samuel, que agradeceu também o apoio dado pela Chevron e pela organização Visão Mundial.

O superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Paulo Viana, ressaltou que “essa foi uma contribuição do governo brasileiro, por meio da Codevasf, aos nossos irmãos de Angola”. “Esperamos que vocês, ao retornarem a seu país, possam colocar em prática os ensinamentos que aqui receberam. Durante o treinamento, buscamos enfatizar não somente o aspecto técnico, mas também detalhes de toda a cadeia produtiva, essenciais para o desenvolvimento da atividade de modo sustentável”, disse Paulo Viana.

Durante o curso, os angolanos aprenderam técnicas de reprodução artificial de peixes, alimentação, produção de alevinos e controle da qualidade da água. “Eles tinham formações diversas, como economia, informática, serviço social. Mas foi gratificante, ao final do curso, verificar que cada um contribuiu com o seu talento para o andamento das atividades”, explicou a chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume, Ana Helena Gomes.

O acordo para treinamento dos técnicos angolanos em Sergipe foi firmado no dia 17 de julho pelo presidente da Codevasf, Elmo Vaz, e pelo embaixador da República de Angola no Brasil, Nelson Manuel Cosme. Na ocasião, o diplomata do país africano ressaltou que Angola possuía interesse de também firmar, futuramente, novas parcerias com a Codevasf nas áreas de irrigação e arranjos produtivos locais (APLs).