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Recursos do PAC Irrigação irão melhorar infraestrutura de perímetros sociais em Alagoas e Sergipe

Os perímetros irrigados sociais que estão sob a responsabilidade da Codevasf em Alagoas e Sergipe têm R$ 22 milhões assegurados para suas obras prioritárias de melhoria de infraestrutura. A informação foi recebida nesta quinta (25) pelos agricultores familiares de Alagoas estabelecidos nos perímetros de Boacica (situado entre os municípios de Igreja Nova e Penedo) e de Itiúba (em Porto Real do Colégio), durante a visita do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, e sua comitiva.
publicado: 25/10/2012 16h49, última modificação: 06/10/2023 17h10

Os perímetros irrigados sociais que estão sob a responsabilidade da Codevasf em Alagoas e Sergipe têm R$ 22 milhões assegurados para suas obras prioritárias de melhoria de infraestrutura. A informação foi recebida nesta quinta (25) pelos agricultores familiares de Alagoas estabelecidos nos perímetros de Boacica (situado entre os municípios de Igreja Nova e Penedo) e de Itiúba (em Porto Real do Colégio), durante a visita do presidente da Codevasf, Elmo Vaz, e sua comitiva.

Os recursos são do PAC Irrigação e se destinam a melhorias e modernização do sistema operado pelos irrigantes. Em Alagoas, três perímetros são considerados sociais – Itiúba, Boacica e Marituba. Os outros três estão em Sergipe – Própria, Cotinguiba/Pindoba e Betume. Perímetros sociais são aqueles que ainda não alcançaram autossustentabilidade e, por isso, ainda precisam de recursos governamentais para serem aplicados em infraestrutura.

Depois de percorrer a área dos perímetros e o Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, os agricultores se reuniram no auditório do Centro com Elmo Vaz e apresentaram as necessidades de melhoria da infraestrutura dos projetos de irrigação, a exemplo da recuperação de bombas de drenagem e irrigação e de reforço nos diques de proteção contra enchentes, além da dragagem dos coletores. O diagnóstico das demandas está sendo elaborado com a ajuda de técnicos da Codevasf, que integram um grupo de trabalho constituído para esse fim.

“Precisamos colocar o homem do campo para produzir. Temos que melhorar essa infraestrutura que dá renda direta e indiretamente para aproximadamente 12 mil famílias somente no Boacica”, apontou o agricultor Manoel Mateus, membro do Conselho Administrativo do Distrito de Irrigação do Boacica, instituição que representa os produtores rurais do perímetro junto à Codevasf.

Da reunião, participaram também o diretor da Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas, José Augusto Nunes, o diretor da Área de Infraestrutura e Desenvolvimento Integrado, Guilherme Almeida, a chefe da gabinete da Codevasf, Maria Auxiliadora Cavalcanti, e o superintendente regional em Alagoas, Luiz Alberto Moreira.

Laboratórios de produção

Além de percorrer os perímetros de Itiúba e Boacica, a comitiva encabeçada pelo presidente da Codevasf conheceu a estrutura do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba – um verdadeiro centro tecnológico e científico da Codevasf na área de aquicultura, situado ao lado do perímetro.

Na unidade, o presidente da companhia visitou os laboratórios de produção de alevinos, de genética e biotecnologia, de criação de surubins, a fábrica de ração, alojamentos para técnicos e pesquisadores, entre outros pontos. Ele também teve contato com espécies nativas do rio São Francisco produzidas no centro, a exemplo do Niquim, e foi informado sobre as obras de ampliação dos viveiros, que devem ser concluídas até dezembro deste ano.

Os perímetros

O perímetro irrigado de Boacica está situado entre os municípios de Igreja Nova e Penedo e reúne cerca de 4,9 mil hectares, sendo 2,7 mil hectares irrigáveis explorados exclusivamente por agricultores familiares, com destaque para a rizicultura. Em 2011, esse perímetro registrou uma produção de 77,6 mil toneladas de alimentos.

Já o perímetro irrigado de Itiúba fica no município de Porto Real do Colégio e reúne cerca de 2 mil hectares, sendo 890 irrigáveis. Predomina a cultura de arroz – que corresponde a mais de 90% dos alimentos produzidos no perímetro -, seguida de cana-de-açúcar, piscicultura intensiva e fruticultura. Em 2011, esse perímetro registrou a produção de aproximadamente 7,9 mil toneladas de alimentos.